sábado, 20 de agosto de 2011

O Conto de Emma

Contos das Quatro
Na noite anterior, contei-lhes o conto de Nina, a garota que viajou de avião acompanhada de um idoso, que acreditava que era um terrorista e matou dezenas de pessoas. Ela felizmente acabou viva ao contrário de todos os outros passageiros, com exceção do homem que se escondeu no banheiro da aeronave.
Hoje, o conto aborda a vida da Segunda Garota, que é totalmente diferente da primeira. Se espera encontrar outra jovem sensitiva e que encontra um assassino em pleno voo, aconselho a parar de ler imediatamente.
Antes que me esqueça, devo lhes dizer a não acreditar em “coincidências” de números quatro. Nenhum deles está lá por acaso.
Quando você entender isso, o horário 4:44 nunca mais será o mesmo. Você pode achá-lo mágico ou terrivelmente ameaçador. Te amedrontei? Desculpe, mas de meus lábios só saem verdades. Ou será que estou mentindo nisso?

O CONTO DE emma


                Minha história de Morte começa de forma exagerada, devo admitir. Era uma noite chuvosa, todos estavam em uma festa em minha casa, em plena quinta-feira. Havia muita bebida e outras coisas que não deveriam estar presentes.
            -Emma? – chamou alguém atrás de mim. Não me virei. Sempre tive a mania de esperar a pessoa surgir na minha frente e não me mover, enquanto esta não fizesse isso.
            Porém, desta vez, quem me chamava não se mexeu. Fui então obrigada a me virar e me deparei com uma jovem que nunca tinha visto antes. Ela tinha os cabelos e olhos pretos, a pele clara e definitivamente, era muito linda.
            -Antes que você estranhe o fato de não me conhecer, me chamo Lara e foi o Paul que me convidou para a sua festa – o braço da garota se esticou para me cumprimentar, mas o dispensei. Não era tão formal para aquele tipo de cumprimento, então a abracei.
            Depois daquela breve apresentação, que foi apenas um símbolo da boa educação de Lara, não nos vimos mais. Porém, encontrei-me com Paul e gostei de ouvir sua descrição sobre ela. Os dois estavam namorando e, como ele era um grande amigo meu, aquilo era motivo para minha felicidade.
            Uma hora após, todos estavam dançando animados, espalhados pela pista de dança que montei. A música tocava animadamente e o mundo parecia girar ao nosso redor. Talvez aquele fosse o efeito da bebida ou as coisas realmente estavam saindo do lugar.
            E então, um grito foi ouvido. Um grito forte o suficiente para abafar o volume da música, aterrorizante o bastante para fazer o DJ desligar todos os aparelhos.
            Saí do meio da multidão, na direção de onde o barulho viera. A escada era muito bem posicionada perto de algumas janelas de vidro e levava aos três andares da casa. Sempre a considerei o lugar mais belo de meu lar até aquele momento.
            Lara estava desmaiada no primeiro degrau. Seu cabelo preto cobria seu rosto, seu vestido vermelho esparramava-se por toda a área. Paul, que me seguia, saiu em sua direção e a colocou com cuidado em seus braços, temendo machucar seu pescoço. Estava claro que ela havia caído da escada. Ou ter sido empurrada.
            Os olhos de meu amigo ficaram cinzentos. Ele parecia acabado em poucos segundos:
            -Ela está morta.
            Aquelas palavras pareceram movimentar a sala como a música fizera anteriormente. Os convidados conhecidos por sua animações expressaram todo seu medo em seus olhares. Toda a casa parecia ter sido coberta por névoa. As cores haviam desaparecido e meu vestido rosa pink parecia um afronto a imagem de Lara.
            Meus pais e a polícia foram chamados. Todas as pessoas que estavam na casa, interrogadas. E aquele dia, manchado. De sangue, apesar de nem uma gota ter sido derramada.
            Uma semana depois, estava no carro de Paul indo para o colégio, quando um homem surgiu na frente do veículo. Ele tinha em torno de 30 anos e parecia saudável, mas suas roupas revelavam que estava em más condições de vida. Buzinamos para que saísse do caminho, mas não foi isso que aconteceu.
            Quando tentamos desviar, ele nos seguiu. Isso se repetiu diversas vezes até que Paul cansou-se e desceu do carro. Nervoso, meu grande amigo tentou controlar-se, mas sua voz pareceu irritar o pedestre.
            Menos de um minuto depois, o homem que tanto nos atrapalhou, tirou um caco de vidro do bolso de sua roupa e o enfiou no coração de Paul. Meu grande amigo caiu no chão, não sem antes produzir o mesmo grito que saíra da garganta de Lara há poucos dias.
            Tentei soltar o cinto de segurança, mas não conseguia de jeito nenhum. Parecia que eu estava presa. O assassino correu para o carro e sentou no banco de motorista. Ao meu lado.
            -Nossa, seu amigo me lembrou muito a namorada dele. Os dois petulantes e, definitivamente, insuportáveis. Ainda bem que ambos não podem mais dar palpite em nada. Isso seria completamente irritante para nós dois, não é mesmo?
            -Nós dois? – meu choque principal era direcionado ao fato de que ele havia matado Lara também, mas não deixaria aquilo transparecer.
            -Claro, Emma! Ou você acredita que fui até a sua festa para matar aquela mocinha? Meu objetivo era te encontrar, mas aquela menina disse que eu era velho demais para ficar com você. Obviamente, provei que não era velho para matá-la – um sorriso maligno surgiu em seus lábios. O pavor surgiu em meus olhos.
            O homem, se divertindo com meu temor, apertou o acelerador, saindo da cidade em direção à estrada. Tentei usar meu celular, mas ele o jogou pela janela.

            -Acho que não me apresentei! Meu nome é Felipe – quando não houve resposta nenhuma, ele continuou – Qual é o problema, princesa?
            -Qual é o problema? Você acaba de matar meu melhor amigo, seu nojento. Você matou a namorada dele na minha casa. Acha que isso irá me conquistar? Estes fatos só me fazem querer morrer, como eles – exclamei, enquanto a placa de “Esperamos vê-lo novamente” de minha cidade passava.
            -Oh, você prefere a morte a me escolher? Como isso me comove! – sua risada monstruosa saiu de seus lábios. Usando o volante como uma arma, ele fez uma curva perigosa e escolheu outro caminho totalmente diferente. Felipe me levava para uma floresta.
            Toda a região parecia mórbida desde a morte de Lara, então não me surpreendi quando a estrada parecia a da Morte. O carro estava a toda velocidade. Meu cabelo loiro impedia minha visão. A chuva começava a cair no vidro.
            O automóvel derrapou. Felipe tentava pisar no freio, mas era impossível. Uma árvore havia caído no meio da pista e ele não conseguia parar a tempo de impedir o choque. Jogou-nos contra outras árvores, a fim de impedir o baque principal.
            Quando o cinto de segurança pareceu prendê-lo, soltei o meu e saí do carro. Comecei a correr em disparada, mas ele me alcançou. Seus braços me envolveram e sua voz sussurrou em meu ouvido:
            -Fui enganado. Você é tão petulante quanto eles foram – as gotas de chuva que caíam sobre mim pareciam feitas de sangue e aquela foi minha última sensação antes de Felipe mostrar sua força, jogando-me em direção a árvore caída. Dos meus lábios saiu um último grito de desespero, já antes repetido, enquanto meu pescoço batia dolorosamente na madeira.





            O que aconteceu depois
            Vocês se lembram de quando eu disse que havia notícias boas daquela vez? Porém, infelizmente, hoje não posso trazê-las novamente. Emma morreu, como Paul e Lara. O baque quebrou seu pescoço e não houve volta.
            Apesar de ter tentando fugir, Felipe foi preso. Usou como motivos dos assassinatos os fato de que Paul e Lara o impediram de se aproximar de Emma, e, posteriormente, a garota o decepcionou.
            Todos os familiares ficaram destruídos com a perda de seres tão jovens. A cidade prestou diversas homenagens, mas nada os traria de volta. E mesmo sabendo disso, os habitantes continuavam a deixar flores em seus túmulos e a agradecê-los por serem íntegros até o fim.
            Dizem que quatro anos depois, Felipe teve uma morte inexplicável na cadeia, carregando um bilhete com os dizeres “Eu sou o quarto”. Acreditam que ele se suicidou, mas nunca saberemos a verdade. Ou será que alguém vivo sabe?

Beijinhos, StarGirlie.

17 comentários:

  1. meus comentários valeram a pena. Parabéns Star. Bjsss Personnality fashion

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  2. Adorei!!!! Ameiii!!! Fiquei boba!!!

    Star, sabe aquela história que eu disse que tinha feito? Ela se multiplicou (virou mais 4 histórias), e eu estava pensando em fazer o mesmo que vc. Se quiser, posso fazer do n° 3, não do 4. O que acha?

    Te envio as fotos por e-mail, que tal?

    Beijinhos, Babi

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  3. Aii brigada, Per e Babi. E, ta bom, se você quiser, não tem problema, Babi. Pode mandar as fotos sim. Beijinhos, StarGirlie.

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  4. Enviei!!

    Ps: mas sério, eu sei é mt copiação, e fazer igual vc faz, cheio de pista e segredo, eu nunca vou conseguir, mas... na real, os meus puxam mais pro drama... ok, depois a gente conversa.

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  5. srsrsrsrsrsrsr morri agora! srssrsr E já te respondi... Ahh, Babi e eu to pensando em fazer algo para os 50 mil visitantes... Sei que ta longe, mas eu tenho uns planos que queria te contar. Beijinhos, StarGirlie.

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  6. Já recebeu meu email? Responde ele, aí eu escrevo as ideias lá, mas você sabe que sou misteriosa e vou esconder boa parte, né? Beijinhos, StarGirlie.

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  7. Sim, respondi!! Só vc mesmo Star...

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  8. kk
    Essa história foi arrepiante *-*

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  9. AMEIII,QUE DÓ EU MORRI...MAS COM MEU LOVE SZ AMEI D+++ STAR!!!

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  10. srsrsrsrsrssrsr Viu como até na morte você se deu bem, Lara? srsrsrsrsrsr Beijinhos, StarGirlie.

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