sábado, 31 de março de 2012

Esperando

Estou parada na janela
Esperando você adentrá-la mais uma vez
Trazendo minha alma amada
E minhas esperanças recuperadas.

Mas a verdade é que não preciso mais de você
Eu encontrei o amor sob um manto de ilusões
Não sou mais aquela que espera um vampiro apaixonado
Pois ele não existe.

Sou humana e estou entrando em uma vida que me dará prazer de viver
E fico feliz que, no fim, não escolhi você.

Escrito por StarGirlie.

A Aparência Engana

Não se engane com um sorriso bonito
Uma palavra certa
Um jeito fofo de te tratar
Uma voz leve para te chamar.

Por baixo de tanta doçura,
pode haver um mundo de mágoas.
Quem sabe sob tudo isso
Não há a maldade infiltrada?

Não se esqueça de que os melhores perfumes estão nos menores frascos
E os piores venenos também.

Escrito por StarGirlie.

sexta-feira, 30 de março de 2012

E que os problemas aumentem...

Mais uma semana de Sempre Um Começo acabou, encerrando as quatro primeiras semanas de novela. Já tivemos uma Aline vítima querendo ser popular, uma Luisa maléfica tentando atropelar Cecilia, uma Ceci confusa entre Fábio, Felipe e Vinicius... Bem, as coisas têm mudado rapidamente e acho que ninguém consegue prever como a história terminará. Mas não se preocupem, ainda estamos longe da reta final e muita água ainda tem para rolar...


Beijinhos, StarGirlie.

20º Capítulo de Sempre Um Começo

Vigésimo Capítulo
Aline



                Eu estava muito brava com o fato de que Vinicius iria morar na casa de Cecilia. Sério, os dois tinham uma tensão romântica muito forte e eu sabia que dividir o mesmo teto não iria dar nada certo naquele caso. Pelo menos, não para mim.
                Sabia que não era culpa de Vini. Seus pais viajariam para outro país e só voltariam um mês depois. Estava fora de cogitação deixá-lo cuidando da casa, então eles foram procurar alguém responsável que pudesse cuidar de meu namorado. Logo, encontraram a mãe de Ceci que trabalha com o pai do Vinicius.
                Porém, meus problemas não se resumiam apenas ao fato de Vini ter se mudado para a casa de Cecilia. Ainda havia a loucura que Fábio fizera ao tentar me ajudar a destruir a menina de cabelos castanhos e sua melhor amiga. Ele era burro ou aquele era seu jeito “inteligente” de se destacar?
                Mandar um e-mail para mais de 100 pessoas dizendo que Lola beijava mal desde quando era uma grande vingança? Aquilo só arranjara uma baita confusão com os pais da garota e com os de Ceci também, já que o texto enviado ofendia a “boa moça”. Além deles, Hica planejava, pelo visto, expulsar Fábio de vez.
                 E a lista de enrascadas que me envolviam aumentava ainda mais. Leonardo agora insistia em tornar Felipe o pior inimigo de Júlia, como se ver irmãos brigando fosse uma coisa legal. Aquela obsessão pela adolescente já estava se tornando cansativa. Tinha vontade de mandá-lo perseguir outra garota e não a Juh. Ela era gente boa e sempre me tratou bem.
                Porém, o que mais me magoava de tudo isso era o fato de que Paolo mudara totalmente seu comportamento em relação a mim. Desde que me tornei “A Popular” graças à festa de Belle, ele nem olhava em minha direção. Era como se eu não estivesse na sala.
                E o pior de tudo era que Cecilia se tornara sua melhor aluna. Ela o ajudava com as matérias, que se acumulavam cada vez mais por causa das confusões que atrapalhavam as aulas, e sempre tinha uma resposta inteligente para dar em sua aula. Mas estava claro que os dois não estavam envolvidos romanticamente. Era uma relação de auxílio. Ele a ajudava nas situações difíceis de sua vida particular e ela na sua vida profissional.
                Não havia nada para fazer. Era uma noite de quinta-feira e eu não queria de jeito nenhum estudar para provas. Preferia ir mal a me tornar uma nerd novamente. E sem Luisa, os passeios ao shopping se tornavam muito tediosos. Havia uma alternativa.
                Fui até o quarto ao lado do meu e bati na porta. – Pode entrar! – gritou a voz feminina. Girei a maçaneta e encontrei minha mãe deitada na cama. Um pote de pipoca estava em seu colo e a TV ligada em sua frente. Cena comum.
                -Oi, filha – ela fez menção de se levantar, mas preferi deitar-me ao seu lado. Aconcheguei-me nos edredons e sorri ao perceber que aquele era meu momento favorito até que me transformei em outra pessoa nas últimas semanas – Faz tempo que você não vem me fazer companhia. Ou aceita quando eu vou fazê-la em seu quarto.
                Eu estava sendo uma estúpida até com minha própria mãe e sabia disso. Nos últimos dias, reclamava até quando ela opinava sobre minha sombra. E nem entendia porque fazia aquilo. Minha mãe não era minha inimiga. – Eu sei, desculpe-me, mãe.
                Abracei-a sob os cobertores e fiquei feliz quando ela retribuiu o carinho. – Aconteceu alguma coisa naquele baile, não é? Você mudou muito de lá pra cá.
                Respirei fundo, sabendo que iria dar uma resposta malcriada, mas minha mãe não merecia. Ela merecia saber a verdade. E eu lhe contei. Contei sobre Vinicius e meu namoro repentino. Sobre ter rido de Cecilia e ter causado o quase suicídio de Luisa. Sobre Fábio humilhar Lola para me ajudar e Leonardo criar uma discussão falsa entre os irmãos Lave. E sobre amar Paolo.
                Quando terminei, sabia que tinha decepcionado minha mãe. Ela estava brava, chateada e arrependida de não ter me dado limites, tudo ao mesmo tempo. E aquele era o meu pior castigo. – Você sabe que terá que consertar todos esses erros, não é? Amanhã, você precisa primeiro se autodenunciar como a culpada para Fábio ter humilhado a namorada dele. Se Hica expulsar você, tudo bem, foi merecido.
                -Você acha que há um jeito de me redimir? – perguntei, esperançosa. Minha mãe era uma espécie de porto-seguro. – Não, mas você pode, pelo menos, fingir.
                Aquilo foi um balde de água fria. Joguei-me para fora da cama. Minha mãe era como eu. Ela não se importava comigo. Queria apenas manter as aparências e apunhalar todos pelas costas. Agora sabia de quem puxara.
                Apesar de começar a odiá-la, ela tinha razão em uma coisa: eu precisava ser a boa moça ou todos se virariam contra mim. E aí sim, minha situação seria bem ruim.
Escrito por StarGirlie.

A Face do Perigo

"Cuidado! Meninas vingativas à frente. Não provoquem, se forem os amados delas. Ficar conversando com aquela lá só para irritá-la? Nem pensar! Caso forem as amigas delas, aproveitem a segurança. Estão à salvo permanentemente. Agora, se por acaso, for a maior inimiga delas... Bem, é melhor fugir. Porque elas estão prontas para agir e o momento perfeito para uma vingança... É agora!"

Beijinhos, StarGirlie.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Amizade: um bem precioso

         Vocês estavam lá quando precisei de um abraço em um dia triste ou frio. Vocês riram comigo quando errei algo muito óbvio em frente toda a sala durante a aula. Vocês me fizeram rir quando me magoei e não conseguia ver uma forma de ser feliz.
          Vocês foram incríveis em todos os momentos de meus dias, mas mesmo quando me decepcionaram, em seguida, conseguiram recuperar toda a confiança que antes lhes depositava.
           Vocês são meus anjos na Terra e eu agradeço por estar rodeada por vocês, meus grandes amigos.

Beijinhos, StarGirlie.

Temperatura Elevada

              Estou prestes a entrar em combustão. Você está elevando minha temperatura. Sua energia está em contato comigo, estou quase explodindo.
              Seu brilho é muito forte, é como se eu olhasse o sol. Sua voz me deixa hipnotizada, nem sou capaz de escutar as batidas de meu coração. Seu olhar está tirando minha alma.
              Você está se tornando minha fonte de energia, meu motivo para desejar mais e mais. Quero mais um momento, quero mais uma conversa. E quero, acima de tudo, aquele beijo que tanto está nos faltando.

Beijinhos, StarGirlie.

19º Capítulo de Sempre Um Começo

Décimo Nono Capítulo
Cecilia



De: Fábio Luk
Assunto: REPARE NELA!
            Acho que vocês devem saber que eu tenho ficado com uma garota chamada Lola. Ela é bem gata né? Só que MEU DEUS, beija MUITO mal e é a menina mais chata que já conheci. Sei que todos vocês devem estar imaginando como a melhor amiga da garota sexy Cecilia pode ser tão ruim para normal. Eu explico: ela nunca tinha se apaixonado!
            Bem, só queria saber mesmo se algum de vocês tem notícias sobre o encontro proibido da Ceci e do prof. Galã. Tão dizendo que eles chegaram a fazer outras coisas além de descobrir qual é a função sintática dos termos. Me avisem – Fábio.

            Aquele e-mail mandado por Fábio estava circulando todo o colégio em menos de dez minutos. Todos comentavam sobre Lola ser a pior ficante do mundo e eu a menina mais rodada de todas. O melhor amigo de Aline tinha acabado com nossas reputações de uma tacada só.
                Sabia que ele seria punido no mesmo nível. Hica tinha uma informante entre os estudantes e Luisa já me avisara que Fábio seria expulso, caso não tivesse uma desculpa muito boa para o envio daquele e-mail.
                Mas o pior de tudo era o estado em que Lola se encontrava.  Ela havia se apaixonado perdidamente por Fábio e acreditava que ele sentia o mesmo por ela. Agora estava claro que para o garoto estúpido aquele relacionamento não significara nada além de perda de tempo.
                O telefone tocou novamente. Nos últimos minutos, Felipe, Luh, Lola e Paolo, sim, o prof. Galã, haviam me ligado para perguntar como reagiríamos àquele ataque direto do time de Aline. Só que dessa vez a pessoa do outro do telefone era um dos aliados dela:
                -Oi, Vinicius – demonstrei meu desânimo logo de início. Vini estava cada vez mais estúpido no colégio. Vivia agarrado a Ali e nunca nem me cumprimentava. Era como se quando decidi namorar Felipe, e beijar (só uma vez!) Paolo, eu o tivesse perdido para sempre. Até mesmo como amigo.
                -Como você está, Cecilia? – ele era sempre extremamente educado e isso me reconfortava. Felipe era um pouco emotivo demais e, às vezes, seus sentimentos o tornavam exagerado e grosso.
                -Mal. Não por mim, é claro – sabia que Paolo desmentiria tudo e que a família de Fábio arranjaria um grande processo, mas a reputação de minha amiga ficaria manchada – Por Lola.
                -Esse cara é um idiota. Ele magoou a irmã do Felipe e agora fez pior com sua melhor amiga – Vini soltou um palavrão – Desculpa.
                -Tudo bem. Eu só preciso descansar... – bateram na porta de meu quarto – Só um minutinho.
                Pulei da cama e girei a maçaneta. Meu queixo quase caiu. Parado diante de mim, de mala e cunha, estava ninguém mais ninguém menos que...
                -Eu acho que tenho muita coisa para te explicar, mas resumindo... Vou ficar na sua casa durante algumas semanas – disse a voz de Vinicius saindo tanto do celular quanto de sua boca em minha frente.
                 O desespero percorreu meu corpo. Já não bastava Fábio humilhando minha BFF, o grande traidor continuar agindo com um amigo e agora Vinicius, o garoto por quem eu fora apaixonada, o mesmo que escolhera Luisa e Aline ao invés de mim, viria morar sob o meu teto?
                Fiquei sem palavras e só pude pensar em uma coisa: a partir dali, meus problemas aumentariam muito mais.
Escrito por StarGirlie.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Resultado da Enquete

Esta semana, em Sempre Um Começo está sendo abordado a questão das aparências que sempre podem enganar. Luisa, por exemplo, está sendo rejeitada por todos, já que em seu passado foi uma pessoa ruim. Enquanto Felipe, que aparentemente roubou o diário de sua irmã, leva a fama de bom moço. Um pouco injusto né? Bem, a enquete da semana foi sobre quem cada leitor acha que é o melhor amor para Cecilia. E o resultado foi...


Surpreendentemente, Paolo! Parece que o professor fofo realmente fez com que todo mundo confiasse nele! Será que ele é mesmo a melhor opção para Ceci? 
Beijinhos, StarGirlie.

18º Capítulo de Sempre Um Começo

Décimo Oitavo Capítulo
Luisa



                Meu quarto estava totalmente revirado. Depois que finalmente entendi que continuar guardando um monte de coisas que me faziam sofrer não era o caminho certo para a recuperação, cada foto antiga com Aline fora guardada em uma caixa com os dizeres: Lembranças Ruins.
                Eu sabia que nós dois havíamos tido momentos ótimos juntas, mas não conseguia esquecer o quanto Ali se tornara ruim nas últimas semanas. Ela chegara a ameaçar revelar O Caderno, que sempre fora o nosso grande segredo. Aline até escrevera nele também. Mas não havia provas disso é claro.
                Meu celular tocou. Cecilia. Animei-me a atender, já que Ceci estava sendo a melhor amiga que tive em anos. E talvez a única verdadeira. – Oi, Luh! – disse a voz do outro lado do telefone. Apesar de sua voz doce, percebi que algo estava errado. Ela estava escondendo alguma coisa.
                -O que aconteceu? – perguntei, sem nem esperar que o assunto chegasse a ser citado. Havia aprendido que o Destino não está pronto, somos nós que o fazemos. Então, não deixaria nada passar. Se uma amiga minha estivesse com problemas, eu a ajudaria.
                -Nada, só estou um pouco nervosa, sabe? Provas de História, Química e Física no mesmo dia é dose!* - estava nervosa com isso também, mas não adiantava nada se desesperar. Os testes continuariam acontecendo e você só perderia sua concentração.
                Observei os resumos deixados em cima da mesa. Cecilia já me avisara que fizera os dela e que podia me emprestar, mas não custava oferecer os meus também. – Eu sei que você vai super bem, mas não quer os meus resumos? Não são excelentes que nem os seus...
                -Obrigada mesmo, mas não precisa. Acho que uma boa noite de sono irá me acalmar – foi então que me lembrei que ela me ligara. Havia algum motivo. – Ceci, por que você me telefonou?
                Cecilia hesitou. Sim, ela estava me escondendo algo bastante sério. E sentia que aquilo envolvia uma desconfiança desnecessária em mim. Será que o passado sempre me condenaria a ser a bruxa má?
                -Eu... Preciso desligar – e a ligação caiu. Joguei-me na cama e percebi que não importava o quanto eu fugisse das minhas lembranças ruins. Elas sempre me perseguiriam.
                Todas aquelas escolhas que fiz com Aline há tanto tempo me tornaram uma pessoa extremamente desconfiável ao olhar de qualquer um. Eu estava tentando me transformar em alguém melhor, mas ninguém parecia acreditar. Era como se todos vissem o meu passado e não meu futuro.
                Deixei que as lágrimas escorressem, me libertando da dor. Não deixaria mais que ela se acumulasse. Havia sentido na pele, sem trocadilhos, o que era o sofrimento abafado. E não permitiria que minhas mãos me ferissem novamente.
                Queria a atenção de alguma pessoa, mas não adiantava ligar para Cecilia. Ela não me escutaria. Felipe não era o tipo de garoto que sabe como reagir ao sofrimento de uma amiga. Vinicius nunca fora tão próximo ao ponto de se importar realmente com meus sentimentos. Ele queria que eu o amasse e ponto final. Fábio deveria estar se agarrando com Lola uma hora dessas. E bem, Aline estava fora de cogitação.
                Só me sobrava uma pessoa. Felizmente, uma boa pessoa. Disquei o número e esperei que ela atendesse. – Alô? – perguntou a voz já conhecida.
                -Oi, Júlia! Sou eu, a Luisa... – mas a irmã de Felipe nem, ao menos, me deixou terminar. – Sua idiota, estúpida – esses haviam sido apenas alguns dos tantos xingamentos que tive que escutar antes que ela continuasse – Sei que você é apaixonada por meu irmão e que ele não te dá à mínima, mas descontar em mim? Roubar o meu diário?! E ainda com o Felipe?
                -Como assim... – eu não estava entendendo nada. Roubar o diário dela, mas como? Eu não ia à casa do Fe há semanas! Só podia ser um engano.
                -Nunca mais me ligue. Sei que meu diário já foi para os ares, mas eu vou me vingar. Boa sorte, querida – e mais uma pessoa bateu o telefone na minha cara.
                Eu não tinha mais ninguém. Todos desconfiavam de mim. Sempre seria apenas a evil Luh. Uma imagem havia sido construída sobre uma personalidade que não existia mais em minha mente.
                Precisava arranjar um jeito de mostrar que realmente havia mudado, mas não sabia como. Então, apenas afundei-me nos cobertores, indo dormir antes mesmo do pôr-do-sol.
Escrito por StarGirlie.
*Gente, essa é explicação para a minha falta de posts hoje. Como já terei tido essas três provas seguidas quando esse capítulo for publicado, estarei muito cansada e, provavelmente, não entrarei no blog. Desculpem-me.

terça-feira, 27 de março de 2012

Corra Comigo!

"Não me deixe sozinha. Não permita que ele me destrua. Segure minha mão e fuja comigo. Fuja da inveja, do ódio, de todas as coisas ruins. Fuja da falta de amor, da falta de compaixão. Fuja para um lugar melhor. Um lugar onde carinho irá sobrar. Um lugar só nosso. E de mais ninguém."

Beijinhos, StarGirlie.

17º Capítulo de Sempre Um Começo

Décimo Sétimo Capítulo
Aline




                Deixei que Leonardo entrasse no carro. Era comum que ele sempre estivesse rodeado de seus seguidores, mas naquele momento, Leo apenas me pertencia. Eu não gostava de ficar sozinha com ele, porém, era a única opção que tinha para tratar do assunto que tanto me incomodava.
                -Então, qual o tema do nosso prestigiado papo de hoje? – eu odiava seu jeito “chique” de falar. Ele era um adolescente, pelo amor de Deus! E que mania de colocar um blazer sobre o uniforme! Não éramos alunos de um colégio interno.
                Decidi nem responder. Puxei seu celular do bolso em que sempre estava e digitei a senha que havia roubado na última sexta-feira. Nem fora difícil de descobrir, era o aniversário da irmã mais velha de Felipe: 1405. Ele tinha uma paixão platônica por ela, mesmo sabendo que Júlia nunca o olharia com outros olhos.
                Entrei na pasta de vídeos e encontrei o de sua conversa com Cecilia. Havia sido no dia anterior e eu precisava saber o que a “mocinha” estava tramando. Ela não era uma protagonista qualquer. Ceci queria se vingar de mim. A qualquer preço.
                Leo não me impediu a assistir ao vídeo. Sabia que teria que pagar algo para ele como troca, mas não me importava com aquilo no momento. A garota de cabelos castanhos surgiu na tela do iPhone.
                -Luke! – ela o abraçou e reparei que no fundo da imagem Felipe transitava tranquilamente com Luisa ao seu lado. Os dois lançaram um olhar nervoso a Cecilia antes de continuarem seu percurso – Precisamos conversar mais, meu americano!
                -Sim, Cecilia. Mas lembre-se agora eu sou Leonardo, um quase brasileiro. Luke não combinaria com o Brasil – percebi que ele olhava várias vezes para a câmera como se checasse se aquilo estava gravando.
                -Ok, ok... Bem, - Ceci sentou em uma das cadeiras da sala vazia e olhou para seu “amigo” – estou desconfiando de um grupo enorme de pessoas. Você não está incluso nisso, por este motivo vim pedir sua ajuda.
                -Desconfiando de quê? E de quem? – Leo sentou-se ao seu lado. Eles até combinavam na aparência. Cabelos castanhos, olhos da mesma cor, estatura com pouca diferença.
                -De traição. E precisamente de Vinicius, Fábio, Luisa, Lola, Paolo e... Felipe. Algum deles está mancomunado com Aline. E eu preciso saber urgentemente quem é – me arrepiei. Ela tinha razão. Um dos seis era um grande traidor. Só bastava ela saber sua identidade.
                -Eu sei que você age para os dois lados, mas não me importo. Se ela souber que estou em busca de seu ajudante, sem problemas. Agora, quem é o traidor? – Ceci segurou a mão de Leonardo e percebi que ela seus olhos. Eles eram extremamente parecidos com os da irmã de Felipe. A amada de Leo.
                -O traidor é... – joguei o celular no chão. Ele havia me traído. Contado a Cecilia toda a verdade. Não era possível. Não, não, não, não! Leonardo não podia ser tão burro! Ceci apenas o usara. U-S-A-R-A!
                -Estúpido, idiota! Como você pôde... – Leo cobriu meus lábios. – Eu não te traí, ok? Se tivesse visto o vídeo até o final teria escutado que disse “não sei”. Não vou me bandear para o lado de Cecilia. Eu estou do seu lado.
                -Mas a Júlia é do lado da Cecilia - relembrei. – Sim, mas acho que não será por muito tempo. Não depois de ver isso.
                Então, Leonardo mudou de vídeo. Felipe e Luisa estampavam a imagem. Os dois estavam debruçados sobre um caderno no chão de um quarto totalmente rosa. A decoração era linda, mas o que me chamou a atenção foi o fato de que não era o quarto de Luh. E algo me dizia com toda certeza que não era o de Cecilia.
                Aquele era o quarto de Júlia Lave. – Não pode ser, pode? – perguntei apontando para as anotações no chão. Não era possível. Felipe não seria sujo a esse ponto. Ele havia mudado por Cecilia, não era mais o canalha de antes.
                -Pode e é. Esse é o diário de Júlia. E será esse vídeo que a trará para o nosso time – um sorriso brotou em seus lábios, mas não nos meus. Ceci havia escolhido o garoto errado. E ela precisava saber disso.
Escrito por StarGirlie.

Uma Adorável Ajuda

"Quando tive dificuldades, pedi aos céus que me ajudassem. Quando quis desistir de tudo, pedi aos céus que me acolhessem. Quando estava em plena felicidade, agradeci por cada momento até os tristes. Quando amei, desejei que toda a minha vida fosse ao lado da pessoa amada. Quando me iludi, queria vingança, mas entendia que só o perdão adiantava. E quando finalmente me encontrei, após tantos trancos e barrancos, percebi que apenas com a Sua ajuda fui capaz de chegar até aqui. E agradeço todos os dias por isso."

Beijinhos, StarGirlie.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Garotas Perigosas

"Nunca confie em uma garota que já foi magoada, que sabe o que é ser traída por quem mais confiava. Nunca desafie-a a fazer coisas inimagináveis. Ela, com certeza, já é experiente nisso. E nunca, nunca mesmo, seja seu inimigo. Ela irá se vingar antes mesmo que você pronuncie a palavra vingança."

Beijinhos, StarGirlie.

Filme de Amor

Afinal, quem são os protagonistas?
As verdadeiras estrelas desse show da vida?
Tantos coadjuvantes, que me confundo em saber.
Será que você também está perdido nesse filme interminável?

Fantasmas passam, pessoas passam.
Encontrei o seu olhar, que me pede socorro.
Também estou confusa,
O filme não devia acabar com um Happy End?

É aí que percebo que esses personagens, são somente atores.
Não são verdadeiros.
E o que a gente têm aqui, é.

Agora, venha e me tire desse mundo estranho,
Dessa multidão que não faz parte do nosso filme.
Vamos fugir,
E encontrar a nossa própria história de amor.

By Babi

Nenhuma Espera Pode Ser Eterna

Apesar de Cecilia retribuir o amor de Felipe, ainda pode se perceber que ela sente ciúmes de Vinicius com Aline. Será que Ceci é a parte do relacionamento que ama menos?


Beijinhos, StarGirlie.

16º Capítulo de Sempre Um Começo

Décimo Sexto Capítulo
Cecilia



                Levantei-me para mais uma manhã. Imaginei o quanto havia acontecido desde a briga de Vinicius e Felipe, e meu quase atropelamento. Duas semanas haviam se passado. Luisa saíra do hospital na sexta, mas somente hoje iria para o colégio. Minha mãe nos levaria de carro para que nos sentíssemos mais unidas.
                Vesti o uniforme e me arrumei, percebendo que estava vinte minutos adiantada. Pensei em ler um dos meus livros que estavam atrasados, mas meu cansaço mental era muito grande. Aquelas semanas estavam acabando comigo e as provas pioravam ainda mais.
                Sentei-me na cadeira em frente a minha penteadeira e repousei minha cabeça no estofado. Foi então que caí no sono novamente.
                Estava na minha sala de aula, Vinicius e Aline se agarravam no canto, como se quisessem engolir ao outro com a boca. Eu entendia que estivessem apaixonados e tudo mais, mas aquilo estava beirando o vulgar.
                Paolo continuava a dar sua aula, parecendo não ver o casal se beijando do lado do quadro. Os outros alunos também não reparavam nada. Levantei-me e todos se viraram, exceto Vini e a loira. É, ninguém estava cego.
                Ao invés de me dar uma bronca por eu ter me levantado sem pedir permissão, Paolo aproximou-se de mim, me obrigando a recuar para a mesa. Suas mãos seguraram meu rosto e me obrigaram a me inclinar sobre a madeira. Ele tentou me beijar, mas afastei-o desesperada. – Não, não!
                -Só mais um beijo para relembrar a noite de sábado... – sua voz era doce e percebi que ele não estava me agarrando. Eu estava lhe deixando se aproximar novamente.
                A porta se abriu. Felipe entrou em um rompante com Luisa atrás. – Eu lhe avisei – disse a menina de cabelos pretos, girando em seus calcanhares, um sorriso maligno brotando em seus lábios.
                A boca de Felipe tremia. Joguei Paolo longe e corri para a porta. Toquei os ombros de meu namorado, mas ele parecia não me enxergar – Cecilia me traiu. Traiu-me.
                -Deixe-me explicar! Eu tinha te visto com Aline... Paolo foi tão atencioso... – queria que ele visse tudo pela minha perspectiva, mas não havia como. Eu realmente havia o traído.
                -Eu fiquei com Aline? – pela primeira vez, ele me encarou, mas preferi que aqueles olhos escuros não me olhassem. Era como se eu conseguisse enxergar a alma machucada que ali residia.
                -Não, mas... – Mas nada! – sua voz cortava meu coração. E o pior de tudo era que Paolo voltara a explicar a matéria como se não estivéssemos discutindo ali. Nem mesmo Lola parecia ver o que estava acontecendo. Nem a briga nem os beijos acalorados de Vinicius e Aline, que ignoravam qualquer movimentação sem ser as deles.
                Tentei tocar o rosto de Felipe, mas ele me lançou com força para a direção de Paolo. Antes de atingir o chão, acordei.
                Minha mãe me balançava. – Filha, estamos atrasadas! Luisa vai ficar esperando! – levantei-me rapidamente e corremos para entrar no carro. O tempo estava nublado. Aquele era um mau sinal. Eu sabia que alguém não estava contando toda a verdade.
                Naquele dia inteiro, algo martelou em meu cérebro. Quem seria o traidor? Luisa, a mesma que me acompanhara em todos os momentos fora de sala e que almoçou em minha casa sem me dirigir nenhuma ofensa? Vinicius, que agora namorava Aline e parecia realmente magoado com a minha escolha envolvendo Felipe? Lola, que estava cada vez mais distante de mim graças as suas ficadas com Fábio? Paolo, o professor que alegava que o beijo que demos em sua casa era errado e que nunca iria se repetir? Ou até mesmo Fábio, que era o pegador do colégio e odiava saber que eu era a única menina que não havia sido encantada pelo próprio?
                Ou seria a pior de todas as opções? Seria Felipe, meu namorado, a única pessoa em quem confiava de todas as formas, que me amava e me idolatrava como se eu, apesar de todos os meus erros e graças a eles, era perfeita? E, acima de tudo, o único garoto que amei em minha vida?
                Não podia ser. Não. Não. Não. Mas será que... Bem, a única forma de conseguir tirar isso a limpo é consultar um grande parceiro, o tão conhecido Leonardo.
Escrito por StarGirlie.

I Miss You: A Música Mais Escutada de Hoje

Semana escolar recomeçando e é hora de se animar! Nada melhor do que relembrar o passado e aproveitar aquele momento nostálgico. A música da série Hannah Montana foi escolhida por isso.



Beijinhos, StarGirlie.

domingo, 25 de março de 2012

Só Para Dizer Um Doce Adeus

"Era um beijo de despedida. Uma forma de mostrar o que meu coração queria tanto lhe dizer. O mais correto seria por palavras me expressar, sem dúvidas te atormentar. Mas eu simplesmente não posso. Sou fraca, tola. Você me quer ao seu lado e eu não consigo essa situação aproveitar. Preciso aprender a confiar em mim mesma e, principalmente, em você. E, acima de tudo, preciso aprender tudo isso com você me ajudando. Senão, sei que não irei conseguir."

Beijinhos, StarGirlie. 

sábado, 24 de março de 2012

Aline e sua sede de vingança

Vimos pelo capítulo de hoje que Luisa se encontra em um estado extremamente destruído. Aline, a grande causadora dessa condição de sua ex-BFF, nem ao menos se importou em ligar para o hospital horas depois que de lá saiu.


Beijinhos, StarGirlie.

15º Capítulo de Sempre Um Começo

Como vocês devem ter reparado, ontem, não foi postado o capítulo de Sempre Um Começo. Sei que devo ter deixado os leitores da novela aflitos, mas tive problemas pessoais e não consegui postá-lo. Desculpem-me realmente. Porém, para compensar... O capítulo de hoje ganha um novo narrador, o que nos traz uma perspectiva bem diferente.

Décimo Quinto Capítulo
Felipe



                Nunca pensei que teria que ver Luisa chorando daquela maneira. Desde que ela acordara há algumas horas antes, apenas se expressava através de lágrimas e pedidos desesperados de desculpa. Cecilia tentava controlá-la, mas minha amiga parecia ficar pior a cada hora.
                Observar os curativos em pulsos me fazia estremecer. Luisa sempre fora a grande estrela do colégio. Uma menina bonita, simpática, amada por todos (na mesma medida que era odiada e invejada) e inteligente. Era estranho pensar que sob aquela imagem de felicidade extrema, ela estivesse desabando.
                Logo que Luh foi internada, eu e Ceci descobrimos que os pais dela não se responsabilizavam por seus atos e que só poderiam aparecer no hospital na quarta-feira à tarde, pois ambos, no momento, estavam em uma “viagem importantíssima”. Nem era preciso comentar que sua “amável” irmã nem quis saber se Luisa estava viva.
                A família Coral sempre fora desestruturada, mas agora estava dez mil vezes pior. Ficava feliz que Cecilia tivesse perdoado minha amiga antes daqueles acontecimentos. Apenas ela podia dar o apoio feminino que Luisa tanto necessitava. As duas pareciam irmãs enquanto eu as observava.
                Os pais de Ceci vieram visitar Luh logo que puderam. Os dois se sentiam culpados por não a terem ajudado de imediato ou não terem chegado a tempo de impedirem a tentativa de suicídio. A família Graham realmente se importava com a menina que tentara destruir a vida de sua filha no último mês inteiro. Eles realmente eram evoluídos demais.
                Quando o quarto se esvaziou, Cecilia avisou que precisava voltar para casa e que tinha que estudar para as provas, que começariam na próxima semana. Ela era extremamente estudiosa e eu sabia que uma sequência enorme de notas baixas poderia levá-la ao estado atual de Luisa. Ofereci-me para ficar em seu lugar, já que sabia que meus pais não se importariam.
                -Por mim tudo bem – disse Ceci, dando um suave beijo em minha bochecha e um abraço em Luisa. Fiquei feliz em saber que havia escolhido a menina certa. Ela podia ser tudo, mas sabia o quanto o carinho era importante para a sobrevivência das pessoas. E estava disposta a distribuí-lo, mesmo que isso significasse sua própria tristeza.
                Sei que estava chateado com ela e tudo mais. Pelos boatos que corriam em todo o colégio, Cecilia havia ficado com Paolo na casa dele e o clima podia até ter esquentado ainda mais. Eu tinha certeza que a segunda parte não tinha acontecido. Minha namorada nunca se entregaria a alguém que não havia lhe cortejado.
                Porém, um beijo não era nada demais. E, embora a família de Cecilia não aceitasse bem a história de ficar, ela tinha uma pequena lista de garotos que já havia beijado. Como havia chegado há pouco tempo na cidade, acabei descobrindo isso apenas porque a própria me explicou.
                Eu não achava nada demais. Já tínhamos 14 anos e esse era comportamento esperado para nossa idade. Todo mundo imaginava que estávamos vivendo uma vida louca, mas nada disso estava acontecendo. Pelo menos, não para meu grupo de amigos.
                A única coisa que nos permitíamos fazer era beijar alguém de vez em quando. Eu preferia muito mais que fosse com a garota certa, como a Cecilia, mas sabia que nem todo mundo tinha a chance de encontrar alguém te entendesse.
                Enquanto tentava decidir se a traição com Paolo me magoava ou não, acabei sentado na beira da cama de Luisa, segurando sua mão. Sabia que os remédios a dopariam em alguns minutos e eu ficaria em um quarto em silêncio pelo resto da noite.
                -Obrigada por estar aqui – percebi que sua voz doce estava de volta. Ela nunca fora tão má quanto naquele último mês. E eu ficava feliz que a mudança não durará o tempo necessário para ser permanente.
                -Obrigada por estar viva – respondi, dando-lhe um beijo em sua testa. Seus olhos começaram a se fechar, duas lágrimas suaves cobriram sua bochecha e ela sorriu. Retribuí o sorriso mesmo sabendo que minha amiga não o via.
                Era bom ter Luisa de volta. E aquilo só provava que eu não podia deixar Cecilia partir. Meu coração suportara a ideia de que Luh tivesse deixado para sempre minha vida há algumas horas. Porém, apenas o pensamento de que Ceci podia me abandonar já acabava com minhas forças.
                Cecilia Graham era a pessoa que eu amava. E era a hora de não deixar dúvidas sobre isso.
Escrito por StarGirlie. 

Quem Tanto Queremos Ser

             Eu queria ter atitude. Ser capaz de ignorar os abraços que elas te dão, os murmúrios que surgem quando você passa. Poder te segurar pelo braço e sussurrar um bom dia cheio de segundas intenções. Queria ser capaz de não ser boba a esse ponto. Ao ponto de te deixar partir sem nem tentar lutar contra.               
              E o pior de tudo é que sei que você está na mesma situação. Você se vê inútil quando estou rodeada de meninos com uma aparência tão bela quanto a sua. Que se enfurece quando vivo uma vida em que você não está incluído. Que ama escutar minha voz em mais uma mínima conversa.
               Talvez essas semelhanças sejam uma mentira. Talvez até mesmo os "malvados" sejam mais parecidos comigo do que você. Porém, meu coração diz o contrário. E eu sinto que a história está se repetindo. Mais uma vez.

Beijinhos, StarGirlie.

Minhas Novas Aquisições

É, essas aquisições estão beeem atrasadas, mas acabei me atrapalhando toda com os estudos, provas, livros, novela e esqueci de postar. Esses dois livros foram comprados no domingo passado e, infelizmente, ainda não tive a oportunidade de lê-los. Pelo menos, já estou lendo Jogos Vorazes.

Em Chamas - Suzanne Collins

A Esperança - Suzanne Collins

E aí, quem já assistiu Jogos Vorazes? Eu estou louca para assistir, mas ainda não tive tempo! 
Beijinhos, StarGirlie.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Agora ou Nunca

       
       Uma risadinha ingênua. Um olhar sem malícias. Nossas mãos se tocam toda hora. Não há maneira certa de escapar... Somos apenas duas pessoas tentando esquecer dores do passado, e talvez consigamos, ou talvez ambos saiamos machucados.
       Mas, o que podemos fazer? É tentar ou tentar, não podemos fingir nos esconder. É um sentimento que aflora, que eu repouso  esteve por tempos, mas que agora cresce, e cresce, e cresce...
      É agora ou nunca. Preferiria que fosse agora. E você, o que me diz? Vai me fazer esperar até o nunca passar?
      By Babi

quinta-feira, 22 de março de 2012

Estou em uma história de amor com você

           Lá vamos nós novamente. Seus dedos tocam os meus e me puxam para mais perto. Olho para seus olhos e, em seguida, para seus lábios. Quase posso sentir o gosto deles. Nossos corações começam a bater mais rapidamente. Uma de suas mãos segura minha cintura. Estou indo em direção a parede. Você está me encurralando. Minha voz tenta sair, tenta impedir o que está acontecendo. Porém, minha alma não quer isso. 
             Minha alma quer que você seja o garoto que me faça flutuar com apenas um beijo. Que nós dois nos completemos. Que nossas palavras sejam sussurradas, secretas.
              Eu quero que isso aconteça. E é por causa deste motivo que envolvo seu pescoço com meus braços, aproximando-me ainda mais. Quase nem me importo com o que está acontecendo. Deixo que nos beijemos. Até que vejo um raio de sol na porta. Não era um raio de sol. Era o brilho do garoto que amei. 
              E então, meu coração se despedaça sem saber o que fazer. Cometi um erro, que não sei como consertar.

Beijinhos, StarGirlie.

14º Capítulo de Sempre Um Começo

Décimo Quarto Capítulo
Aline



                Andei nervosa pelo corredor do hospital. Estava em pânico. Não era possível que Luisa tivesse tentado se suicidar ao pensar que eu iria revelar a todos sobre O Caderno. Sempre fui o elo fraco do trio de amigos. A única que não tinha forças para nada.
                Fábio era o “pegador”, que aparentemente, até eu não sabia, já dormia com as garotas, a maioria mais velha que ele. Era bonito, divertido e impossível de se resistir. Ao menos se você fosse amiga dele há muito tempo, como era o meu caso.
                Luisa era a vilã. Linda de morrer, repleta de veneno e extremamente encantadora. Poderia convencer uma pessoa a lhe dar um estojo da Kipling apenas com boas palavras. Era quase como se ela fosse filha de Afrodite. Seu poder de persuasão era incrível.
                Eu era a inteligente. A discreta, que nunca sabia o que dizer perto dos meninos, tirando Fábio e Felipe. Podia passar anos sem que ninguém percebesse minha existência. Era quase como se me camuflasse as paredes.
                E agora a situação estava totalmente invertida. Luisa estava quase morrendo em algum lugar perto dali. Fábio não parava de chorar. Ela era sua melhor amiga, ainda mais agora que havíamos nos afastado. Ele parecia tão frágil, quase como um bebê.
                Minha situação também não era uma das melhores. Meu cabelo loiro estava bagunçado em um coque feito às pressas, minha maquiagem totalmente borrada pelas lágrimas que jorraram no caminho até o hospital, já que não me permitira chorar na frente de ninguém mais.
                Ninguém tinha notícias de Luisa. Cecilia estava na sala de cirurgia e nenhum dos presentes a vira. Pela forma que os médicos disseram, a situação de minha ex-melhor amiga era muito grave, a possibilidade de morrer enorme.
                Aquilo tudo consumia minha alma. A culpa corroía minhas veias e me fazia perceber que cada segundo daquela desgraça só acontecera por minha causa. Se não tivesse ameaçado Luisa, usado seu Caderno como uma arma, talvez ela e Cecilia estivessem conversando felizes sobre o que fariam comigo.
                Perceber que antecipara um passo, fez com que minha mente se animasse. Elas também não eram as melhores pessoas do mundo. Provavelmente, se não as tivesse atacado, quem estaria quase morta no hospital seria eu.
                Foi enquanto tinha esse pensamento egoísta que Cecilia saiu, acabada, da ala de cirurgia. Seus olhos pareciam ser vermelhos de tanto choro. Sua pele estava pálida. Ela parecia tão mal quanto Luisa deveria estar. Só de imaginar aquilo tive arrepios.
                E os olhos dela recaíram sobre mim. – O que esse monstro está fazendo aqui? – sua voz estava esganiçada e percebi que Luisa havia se tornado uma pessoa muito importante para ela, como se a garota pudesse entender o quão frágil Luh era. De uma forma que nunca entendi.
                -Eu, eu... – comecei a falar, mas não consegui terminar. Felizmente, Vinicius completou a frase decentemente para mim. – Ela veio saber como a Luisa está. Todos nós ficamos preocupados.
                Felipe estava envolvendo Cecilia em um abraço apertado. Os dois permaneciam de olhos fechados durante esses segundos. Era um sinal de amor verdadeiro. E Vinicius também pode perceber isso.
                -Ela ficará bem – disse Cecilia, recostando a cabeça no peito de Felipe, enquanto o braço dele envolvia sua cintura. Eles eram um casal, de qualquer forma. Era quase como se uma separação fosse quebrar a energia de cada um.
                Fábio parou de chorar. Lola secou suas lágrimas. – Houve muita perda de sangue? – perguntou meu ex-amigo, sem saber o que dizer exatamente.
                -Não tanto quanto o esperado. Infelizmente, Luh terá que ficar no hospital pela próxima semana. Sabe, para o corpo dela se recuperar completamente... – a menina de cabelos castanhos estremeceu, Felipe a abraçou novamente. Vini parecia desconfortável tendo que assistir aquilo.
                -Ela vai poder receber visitas? – perguntou Lola, tirando as palavras da minha boca. Cecilia olhou com raiva para mim, enquanto respondia. – Apenas de pessoas que não a fizeram sofrer nos últimos dias. Diretamente.
                Todos pareciam entender que apenas quatro pessoas tinham realmente o direito de entrar. E isso incluía Cecilia, Vinicius, Felipe e Fábio. Apesar de todos eles terem atacado Luh para se vingar de seus atos loucos, haviam se redimido sendo seus amigos. Ou seus amados.
                -É, eu já entendi – me virei, sabendo que não podia chorar. Havia escolhido aquele destino. A culpa era minha. Saí correndo pelo corredor. Vinicius não veio atrás de mim.
                Já fora do hospital, disquei o número de Paolo que havia pegado no celular da Cecilia. Chamou, chamou e nada. Tentei de novo. Caiu direto na caixa postal. Desliguei. Não adiantava falar com alguém que me considerava ridícula.
                Era hora de procurar o garoto que desde sempre me ajudara. Leonardo. Sim, o garoto de intercâmbio.
Escrito por StarGirlie.

Felipe precisa ajudar sua amada

Um momento triste está chegando para Cecilia e é hora de Felipe ajudá-la a superar. Será que ele conseguirá?


Beijinhos, StarGirlie.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Nossos Beijos

          Estamos tão perto, tão unidos. Suas mãos estão na minha cintura, seus dedos apertam minha pele. Sua respiração esquenta meu rosto, minhas bochechas coram sem saber qual é o efeito correto.
           Deixei que você se aproximasse. Sei que não é o certo. Que estou te usando como uma forma de esquecê-lo, mas eu também gosto de você.
           E assim, tão próxima de seus lábios, tenho vontade de te beijar. De acabar com essa espera tão longa. Só que me falta coragem.
            Felizmente, ou infelizmente, não sei dizer, você tem toda a atitude que me falta. E no fim, sei que será você que poderá dizer: nossos beijos foram o assunto dos outros por dias.
           É, nenhum de nós sabe ser discreto. E nem queremos isso.

Beijinhos, StarGirlie.

13º Capítulo de Sempre Um Começo

Décimo Terceiro Capítulo
Cecilia



                 Luisa sentou-se na beira da minha cama. Ela parecia outra pessoa. Seus cabelos pretos estavam cacheados e suas roupas eram bem mais claras que as antigas. Parecia que Luh estava ficando angelical. O bom é que eu preferia muito mais essa nova versão.
                -Então, o problema é que ela tem um caderno seu repleto de xingamentos para todo mundo do colégio? – puxei meu celular, procurando uma nova mensagem de Felipe. Nada. Será que Aline já havia revelado os detalhes do meu encontro com Paolo?
                -Sim – Luisa mexeu em sua bolsa e tirou um caderno preto cheio de listras roxas. Percebi que cada uma delas tinha um nome escrito – Eu o trouxe para você ver.
                -O que significa essas listras? – perguntei, abrindo na primeira página e encontrando uma foto minha com a legenda “F-E-R-R-A-D-A”. Ótimo jeito de começar uma amizade.
                Luh se levantou e mudou de página. O rosto principal da seguinte era Hica. E os desenhos ao seu redor não eram nada educados – Elas significam as pessoas que eu não quero atacar. Atualmente, você é a terceira listra. No lugar da Aline.
                Fiquei desconfortável e agradeci mentalmente quando meu celular tocou. Era Felipe. – Posso atender? – perguntei à Luisa. Os dois eram ex-melhores amigos e ela era apaixonada por ele há séculos. Era claro que tinha mais direito que eu.
                -Claro – respondeu a menina de cabelos negros, mas percebi que seus olhos estavam marejados. Fe era o grande amor da sua vida. Ou da sua adolescência, pelo menos.
                Saí do meu quarto e desci as escadas, atendendo a ligação. – Oi, Felipe – estava nervosa. Desde sábado, não falava com meu namorado e nem sabia o que dizer. Havia feito coisas erradas na casa de Paolo. E o pior de tudo é que não me arrependia de nada.
                 -Cecilia! O que houve? Por que você está me ignorando?! É verdade que você passou horas na casa do professor antes de ir para a sua?! – percebendo que eu não respondia nenhuma das questões, ele continuou – Me responda!
                -Acalme-se, Felipe! – percebi que estava estressada sem nenhum motivo. Eu podia ter me equivocado no sábado, mas não havia feito algo de tão ruim para todo aquele escândalo – Sim, eu fiquei na casa dele. Mas foi porque quase fui atropelada pelo professor. Entrei em estado de choque e ele não conseguia com que eu falasse nada. Até que minha voz voltasse ao normal e eu pudesse lhe dar o telefone dos meus pais já havia se passado um longo tempo.
                Sabia que era mentira. Eu e Paolo havíamos conversado muito ainda no carro. E depois... Bem, depois é depois. O que importava era que Felipe não descobrisse nada. Ele não podia sofrer novamente. Já bastava Luisa.
                -Não é o que todos estão pensando. Os alunos estão cogitando até que ele tenha te e... – Fe estava sendo inconsequente. Paolo podia ser tudo, menos pedófilio. E ele deixara isso bem claro no sábado.
                -Não aconteceu NADA, Felipe! Que coisa! Parece que eu saio dormindo com qualquer um por aí. Sendo que eu nem dormi com você – as palavras saíram em uma avalanche que não pude controlar. Apesar de me arrepender do que havia dito, era a verdade.
                Eu sei que tinha uma pequena lista de ficantes, que aumentaria sem dúvida nos próximos meses, mas nunca passei dos beijos e nem pretendia. E esse era um dos motivos para que não me envolvesse com Fábio. Todos sabiam de sua fama. Menos Lola, que gostava de acreditar que tudo era boato.
                -Tem certeza? Se você tiver feito algo... – o interrompi sem nem esperar o fim da sua frase. – Tenho sim.
                Despedi-me rapidamente dele e subi as escadas novamente. Luisa estava trancada no banheiro. As páginas do Caderno estavam rasgadas e espalhadas por todo o quarto.
                Percebi que o celular de Luh estava jogado no chão e o peguei. A nova mensagem vinha de Aline. “Só avisando. Não adianta acabar com O Caderno. Eu fiz uma cópia de tudo algumas semanas atrás. Boa sorte, fofa.”
                Lancei-me na porta do banheiro. – Luisa, Luisa! Luisa, Luisa! – foi então que percebi. Havia uma substância vermelha saindo do vão entre a madeira e o chão. Era sangue.
                Então, desmaiei.
Escrito por StarGirlie.