terça-feira, 3 de julho de 2012

Tutorial "Como Escrever um Livro?": História

Na primeira parte de nosso tutorial "Como escrever um livro?", nós duas (Babi e StarGirlie) demos algumas dicas de como escolher o tema, sem se perder no mar de ideias que com certeza atormenta a cabeça de qualquer escritor. Se você já deu esse primeiro passo, é a hora de seguir em frente! Antes de ler essas dicas, certifique-se de que sua mente está pronta para ser inundada de novas informações: é hora de escolhermos as personagens, o tempo em que a história se passa e o narrador!

Babi: Como já foi comentado, basear-se em situações que já aconteceram com você é importante, pois saberá como lidar com cada momento com uma genuína dose de experiência. Da mesma forma, é importante atribuir a cada personagem um pouco das suas próprias características e ideias. Contato, pode parecer um pouco inviável deixar as personagens com a sua carinha, pois cada uma deve ser diferente da outra. Para isso, vim dar uma dica crucial neste momento. Como cada um de nós possui todos os sentimentos, raiva; amor; ódio; tolerância; rancor... E não existe um só ser que tenha apenas um sentimento, você deve puxar mais para um lado. Por exemplo, a mocinha pode ter a sua valentia, ser mais destemida que os demais, mas não que ela não tenha medos às vezes. Crie seus medos, escreva-os separadamente. Isso vai possibilitá-lo a entender melhor a própria personagem. O negócio é sempre ter em mente que há uma característica marcante e outra que fica em segundo plano, contanto, existe, e esta deve ser pensada com antecedência. 


StarGirlie: Concordo com a Babi sobre a parte de pegar características de sua própria personalidade na hora de criar as personagens. Uma boa tática para isso é escolher cada lado seu para ser a base de uma personagem diferente. Por exemplo, não seria bastante interessante escrever sobre uma vilã que morre de medo de altura ou uma mocinha que ama lutar? Entretanto, não deixe que a vontade de tornar seus amigos (e amores) participantes de sua história te domine. Se quiser torná-los uma base é importante escolher algo marcante que os caracterize de madeira adequada. Lembre-se que o objetivo de encontrar inspiração na vida real não é te levar para um grande processo de uso indevido da imagem! Além disso, não esqueça de tornar suas personagens coerentes ao tema já antes estabelecido. 


Babi: A localização é algo mais fácil de se decidir em sua história. Dica fácil e simples: escolha um lugar que você conheça, de preferência um onde já tenha vivido. Tudo bem, sua história pode ser ambientizada em NY, ou em Los Angeles. Contanto, se você não tem boas referências, não sabe nada sobre o lugar escolhido e nem sequer sabe em que hemisfério fica a cidade... Melhor mudar. Vai que você escreve alguma baboseira e, por conta disso, a história é impedida de ser publicada? Não queremos nenhum problemas. Sem falar que uma história sem nexo é entediante para os leitores. Portanto, se quer escolher algum lugar diferente, pesquise, pesquise e pesquise muito. É a única solução!


StarGirlie: Sobre a questão da localização, ainda há uma terceira opção: você pode criar um novo lugar para se passar sua história. Muitos autores utilizaram e utilizam esse recurso por ele apresentar uma grande vantagem: a partir do momento em que ninguém conhece a cidade onde o enredo acontece, o escritor é capaz de colocar novos lugares e mistérios a qualquer momento do livro. No entanto, essa vantagem pode se tornar uma desvantagem se você não tomar cuidado. Por exemplo, a prefeitura não pode ser no centro da cidade em um capítulo e à beira de uma floresta em outro! O importante, caso opte por este tipo de local, é criar um mapa (como J.K. Rowling fez com Hogwarts). Desta forma, você poderá complementá-lo conforme a história avança e ainda seguir o que já foi estabelecido.


Babi: Agora, vamos ao narrador e ao tempo em que a história se passa. Isso é algo especialmente particular. Para mim, o narrador deve ser sempre personagem, pois acho que dá um clima mais "verdadeiro" e uma alma a mais para o enredo. Também acho que o tempo dos fatos deve ser sempre o pretérito (e ainda utilizo muito do pretérito mais-que-perfeito, meu tempo verbal favorito). Não gosto muito de ler livros no presente, pois há muitos fatos que o narrador pode só vir a descobrir depois e, com o passado, já explica de uma vez - o que faz as coisas se organizarem mais e ainda dá uma maior abertura para se falar de histórias paralelas à principal. Mas, obviamente, esta é uma opinião minha. Depende muito do modo como se quer mostrar para os leitores a sua história. De qualquer jeito, é bom investigar que tipo de narrador e de tempo deixará o texto com mais vida. 


StarGirlie: Apesar de preferir histórias em primeira pessoa, ainda tenho uma grande queda por aquelas escritas em terceira pessoa. Além de apresentarem diversos aspectos de um mesmo acontecimento, os livros que não possuem um narrador-personagem deixam com que o leitor se sinta mais participante de todo o enredo, o que leva a leitura a ser muito mais prazerosa. Sobre o tempo, gosto de histórias escritas no passado, pois, a partir do momento em que os eventos ainda não aconteceram, é comum o narrador se tornar confuso e, consequentemente, o leitor se perder. Outra problema de escrever no presente é que provavelmente sempre terá aquelesflashbacks que irão tornar ainda mais difícil o entendimento do livro. Pelo menos par amim, não é nada agradável ler um livro que é uma "mistureba" de presente-passado. A menos que você esteja escrevendo um livro sobre viagem no tempo, é claro. 


Então as dicas são simples. Apenas saiba-se localizar, crie mapas, esquemas e defina exatamente o que quer para depois não se perder. Quanto mais realista, melhor. Entretanto, não confunda: ser realista não significa fazer de acordo com o real, e sim sempre deixar com que tudo pareça real. Fica a nossa dica.

Beijinhos, Babi e StarGirlie.

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