sábado, 20 de agosto de 2011

7º Capítulo de A Vida Depois do Fim

Sétimo Capítulo
A Maldição do Segundo Ano



            -Rosa! – gritou Alvo quando eu subi as escadas de Hogwarts. Meu primo correu em minha direção e me abraçou com toda a força que podia reunir. Reparei que Scorpius não estava mais atrás de mim – O que aconteceu? Por que você desapareceu?
            -Eu precisava de um tempo para pensar, Alvo – respondi, percebendo que estava sendo um tanto insensível. Meu melhor amigo se preocupara comigo e a única pessoa que passava na minha cabeça era o Scorpius.
            Antes que ele pudesse me responder, dezenas de pessoas surgiram a minha volta. Elas gritavam palavras como “uma mestiça”, “de novo” e “a Câmara Secreta”. Apesar de serem expressões totalmente aleatórias, ainda assim o sentido ficou claro. Todos se referiam A Maldição do Segundo Ano.
            Acho que essa é a hora de explicá-la. Desde que meu tio Harry se formou, todos especularam que o mal havia sido extinguido de Hogwarts. Porém, dois anos depois, uma aluna desapareceu no banheiro da Murta-Que-Geme e todos começaram a desconfiar que a culpa seria da Câmara Secreta. Pelo visto, era mesmo.
            -Quem foi a vítima dessa vez? – perguntei, enquanto subia as escadas móveis de Hogwarts. Alvo estava ao meu lado, tentando me acompanhar. Quando eu corria desesperada, ia muito rápido mesmo.
            -Você – proclamou meu melhor amigo, me fazendo parar.
            -O quê? – minha respiração parou. Ele não podia estar falando sério. Eu estava viva e bem na frente dele.
            -Isso mesmo. Você e Hugo são os alvos. Rony traiu o “sangue puro” casando com Hermione. Vocês são o fruto da relação deles. E são os alvos da Maldição.
            -Ele está no segundo ano! – o choque me fez sentar em um dos degraus. Apesar da Maldição não ter nada haver com os anos de Hogwarts, ela só atacava pessoas que estivessem no segundo ano do colégio.
            -Sim e você é irmã dele. A Maldição vai puxar os familiares mais próximos e consequentemente, eu, Lily e Thiago – completou Alvo.
            -Não, não. Scorpius não pode ter razão! – disse, sem pensar.
            -Scorpius? – questionou meu primo sem ter nenhuma ideia do que eu falava.
            -Quando ele me contou hoje a noite sobre “eles” quererem machucar você, Flô e eu mesma, não acreditei. Só que Scorpius estava falando a verdade... – completei, ainda sem perceber que revelara nossa conversa.
            -Vocês conversaram?! Você me abandonou para falar com aquele garoto? O mesmo que te chamou de sangue sujo? – Alvo parecia realmente magoado e... Traído.
            -Não, não, não foi nada disso. Eu não quis dizer “hoje a noite” como hoje, mas como...
            -Não minta! Eu sei que foi hoje! Flô começou suas aulas hoje! Não existe um modo de estar falando do ano passado – Alvo me interrompeu e começou a descer as escadas.
            -Alvo, não vá, por favor. Não me deixe sozinha. Não agora – implorei, sem me levantar, pois não tinha forças.
            -Por quê? Por que não chama Scorpius e me deixa em paz? – ele estava sendo rude e cruel. Aquele não era o melhor amigo que eu tanto gostava.
Muito obrigada pela montagem, Maya!
            -Porque eu preciso de você, não dele. Pare com essa birra e volte – já havia recuperado minha voz arrogante.
            Um sorriso abriu-se nos lábios de Alvo e ele voltou para o meu lado, mas não se sentou. Ele encarava algo atrás de mim. Virei meu pescoço e vi também.
            Parados no topo da escada estavam Lorcan, com seu uniforme cheio de enfeites azul e cobre, Silvia, vestindo o amarelo característico da Lufa-Lufa, e Scorpius com o casaco personalizado da Grifinória. Ironicamente, a “turma do mal” não tinha nenhum participante da Sonserina.
            Silvia, que estava no centro dos dois, desceu um degrau e provocou:
            -Ah, pequena ruivinha apaixonada! Achei que você fosse mais digna! Mentindo agora sobre uma conversa com o meu Scorpius? Bobinha!
            Pensei em responder, mas preferi pegar minha varinha novamente. Ela fingiu estar com medo, enquanto voltava para Scorpius. Ou melhor, para os braços dele.
            -Não me mate só por que ele é meu, garota! – disse Silvia, irritando tanto eu quanto Alvo.
            Os olhos de Scorpius se concentraram em mim, enquanto os lábios de Silvia beijavam sua boca. Não fugi, não chorei, não me magoei. Eu não amava o Malfoy, nem sentia nada por ele. A única coisa que me importava na minha vida era minha família e meus amigos, e ele não estava incluso em nenhuma das opções.
            -Engano seu, Silvia. Ao contrário de você, não preciso agarrar um garoto para ele ser apaixonado por mim – dei meu sorriso tão característico. Scorpius ficou ainda mais pálido, enquanto sua suposta namorada foi coberta de fúria.
            Quando pretendia sacar sua varinha, Lorcan segurou os ombros de Silvia e me disse:
            -Tome cuidado, ruivinha. O seu primo tem razão. A Maldição quer você e Hugo. Nós não somos seus alvos.
            -Pelo menos, ela tem bom gosto – respondi sarcástica e saí calmamente em direção ao dormitório da Grifinória. Deixando para trás três bruxos totalmente perplexos.
Escrito por StarGirlie.

2 comentários:

  1. Muitooo bom Star, eu só acho q a Rosa mentiu em uma parte do capítulo, mas... Bjss Personnality fashion

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  2. rsrsrsrsrsrsr Será que você está certa? Beijinhos, StarGirlie.

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