domingo, 7 de agosto de 2011

30º Capítulo de Maldade Angelical

Como sempre acontece antes dos últimos capítulos que posto, vou dar aquele que devia ser mini discurso. Primeiro, vou agradecer a todos vocês que acompanharam desde o início as aventuras de Lizzie e Sam, que como eu e Babi, têm seus lados "do bem e do mal". Por ser um tema tão aberto e propício a histórias inteiramente novas, para mim, essa novela foi a mais difícil de escrever. Ao contrário de Fofoqueira Fina, que tínhamos uma base em Gossip Girl e Pretty Little Liars, Maldade Angelical não tinha nada em que se inspirar. Estávamos falando de anjos e demônios que nunca haviam sido escritos. Eram humanos com poderes do Céu e das Trevas. 
Segundo, devo dizer a Babi que não sei o que seria sem ela. Como teria escrito "Os Laços de Uma Rosa", "As Duas Faces da Rosa", "OMG!" (novelas do BWorld), "Fofoqueira Fina", "Fofoqueira Fina 2" e "Maldade Angelical" sem você, minha grande amiga? A cada novela, nós duas fomos crescendo em termos de escrita e criatividade. Fico feliz de poder dividir cada ideia com você e espero que daqui alguns anos sejamos as próximas J. K. Rowling não custa sonhar, né?.
Terceiro e última coisa, vou deixar vocês com curiosidade exceto a Per, favoritismo né, gente?  até o Epílogo de amanhã (onde vai ter outro desse discursinho srsrsrsrsrsrsr) sobre a próxima novela. Repararam que essa nem teve pista? Enfim, gostaria de saber se posso escrever a sinopse da novela, Babi?
Chega de papo, é hora do último capítulo!


Trigésimo Capítulo
Elizabeth



            -Mãe, acorda! – gritou uma adolescente toda arrumada, que permanecia impaciente na porta de meu quarto com Ben. Ela parecia feita de porcelana, com seus lindos cabelos loiros caindo sobre seus ombros.
            -Ai, Deus, Miranda, você tinha que fazer isso toda manhã? Você sabe que não vou me atrasar para te levar para o colégio – olhei para o relógio. Ainda faltava uma hora e minha filha já estava totalmente maquiada e bem vestida.
            Ela saiu, mandando um beijinho debochado, e foi para a cozinha. Ben saiu do banheiro já vestido com suas roupas lindas e casuais que usava para trabalhar. Realmente, eu era a única atrasada.
            -Bom dia, amor – Ben beijou minha testa e um sorriso surgiu em meus lábios. O lugar onde antes surgiam minhas asas ardeu. Desde que Miranda nascera, meus poderes de anjo desapareceram e me tornei uma bruxa novamente. Acreditava que minha filha tinha sido uma espécie de salvação.
            Beijei de leve os lábios de meu marido e senti que aquela era rotina de sempre, era o que eu mais amava. Afastei-me de Ben, enquanto ele me ajudava a levantar. Desde novinha, fui muito preguiçosa, então já estava acostumada em ser paparicada.
            Olhei para o calendário que estava na minha escrivaninha e percebi que no dia 12 de maio, completaria 30 anos junto a Samantha. Tanto tempo havia passado desde que havíamos nos encontrado, com nossos doces 14 anos. Tinha a idade que hoje Miranda tem.
            Enquanto pensava em minha filha adolescente, ela surgiu em meu quarto, com um ar irritado pairando no rosto:
            -Mãe! Você não me avisou que o Arthur ligou? Ele acaba de me mandar quinze SMS, dizendo que ninguém aqui em casa repassa os recados dele!
            -Esse garoto ainda está atrás da nossa filha? – sussurrou Ben em meu ouvido com aquela voz de pai que eu tanto adorava. Apenas concordei com a cabeça, enquanto Miranda continua com seu ataque histérico.
            -Vocês sabem que eu gosto dele, que coisa! Vou precisar desenhar para vocês entenderem? EU ESTOU APAIXONADA PELO ARTHUR!
            No exato momento em que aquelas palavras saíram da boca da minha filha, um garoto de cabelos cor de palha, os olhos muito escuros, com algumas sardinhas discretas e um sorriso muito alegre, surgiu na soleira da porta.
            -Miran? – minha filha se virou assustada e rapidamente, puxei Ben para fora do quarto. Ele saiu relutante, mas acabou aceitando meus empurrões. Saímos do cômodo, mas deixamos a porta aberta. Eu era liberal, mas nem tanto.
            Apesar de irmos para a sacada de nosso apartamento, ainda podíamos escutar a conversa. Isso era um dos problemas de ser bruxo. Porém, para meu marido aquilo não era um problema e sim uma benção.
            A brisa deliciosa do Rio de Janeiro inundou nossas almas. Um dia lindo de céu completamente azul era visto de nossas janelas. Ali realmente parecia o Paraíso. E eu podia dizer isso, já que estive realmente lá.
            -Fico feliz de termos nos mudado para o Brasil, aqui tudo é tão...
            -Luminoso – completei, no segundo exato em que escutei os passos de Arthur se aproximando de Miranda.
            -Você sabe que eu te amo. Por favor, não me esconda mais nada. Eu sei que há algo de especial em você, Mir. Não minta mais pra mim, por favor – ele tocou seu braço, e ela se arrepiou. Aquelas mínimas informações eram as visões que me davam.
            Ben estava tenso ao meu lado e se segurava na grade da janela para não ir interromper o lindo momento entre nossa filha e seu amado. Segurei sua mão e apenas mandei uma mensagem entre nossas mentes. Pare de ser ciumento...
            -Eu não posso, Arthur... Não é uma escolha minha. Entenda, por favor – implorou Miranda abraçando o garoto que ela amava. Foi então que meu marido fez algo que nunca imaginaria que fosse acontecer.
            Miranda? O que foi, pai? Conte a ele. Conte que você é meio-bruxa, meio-anjo. Mas e o combinado de não falar nada? Vocês se amam. Não se mente para quem ama. Pai... Você vai me fazer sair da sua mente e ir até aí pessoalmente?
            -Arthur, eu sou meio-bruxa e meio-anjo.
            Houve um silêncio que me assustou. Ele teria desistido de minha filha? Ela estaria segurando as lágrimas? Antes que esses temores se tornassem ainda mais fortes, Arthur a beijou e segundos depois ambos apareceram de mãos dadas na sala.
            Eu e Ben os encontramos, enquanto a campainha tocava. Olhei pelo olho-mágico mesmo sabendo quem encontraria do outro lado. O hall de entrada do apartamento estava lotado.
            Sam, Petrus, Robert, Elizabeth, Dana, Ben, Pedro, Sandra e Leandro. Os casais finalmente estavam juntos e felizes, com exceção do filho mais novo de minha irmã. Abri a porta e abracei cada um deles. Apesar de todo o tempo que passara, ainda havia certa tensão quando abracei Rob. Desde que ele escolheu minha sobrinha, algo acontecera com nossa amizade e aquilo me incomodava. Muito.
            Minha sobrinha até hoje sentia ciúmes de mim e nossa relação não era uma das melhores. Porém, havíamos aprendido a conviver normalmente. Samantha era um dos principais motivos. E Robert também.
            -Liz? – sussurrou uma voz em meu ouvido. Pertencia ao meu sobrinho. Ele era estranhamente uma mistura de Austin e Ben, algo que só devia acontecer em seu nome.
            -Sim, querido? O que houve?
            -É a minha irmã. Ela... está... grávida – revelou Ben Aust, atropelando as palavras e começando outra frase – E está com medo de que Robert mude de ideia sobre vocês duas. A Lizzie sempre tem esse pavor.
            Olhei para Ben e Robert, que conversavam desanimados, e choquei-me quando ambos se viraram para mim. Aquela cena já acontecera há tanto tempo, quando eu era apenas uma adolescente. Meus dois amores, o homem da minha vida e meu melhor amigo, juntos lado a lado virados em direção a mim.
            -É por causa disso, entende? – meu sobrinho apontou para os dois – Ela tem razão, tia. Robert ainda não te esqueceu, completamente.
            -Claro que não! Eu fui o primeiro amor dele, mas Lizzie é o amor que ele terá para o resto de sua existência! – afirmei convicta. Conhecia Robert o suficiente para saber que se ainda me amasse, teria me arrancado de Ben há anos e me convencido a amá-lo.
            Ben Aust concordou, percebendo que eu tinha razão, enquanto Sam se aproximava de mim. Ela parecia tão jovem e completa. Finalmente, o mundo juntara as peças que faltavam no coração de minha irmã.
            -Só faltam cinco dias para completarmos nossos trinta anos! Nem dá para acreditar que já temos filhas – e como Ben e Leandro estavam próximos o suficiente para nos ouvir – e filhos tão adultos!
            Olhamos para Elizabeth, que já estava casada com Robert há três anos, e Miranda, abraçada com Arthur. As duas eram tão diferentes uma da outra, fisicamente, mas tão parecidas, mentalmente. Ambas explosivas e muito ciumentas, que querem o mundo em suas mãos e amam seus parceiros com a maior intensidade possível.
            Enquanto via as pessoas que tanto amava, meu marido me puxou pela cintura e Petrus fez o mesmo com Sam. Uma música animada começou a tocar em nosso apartamento e nossos amados, nos embalaram em uma dança desengonçada. Rapidamente, os outros casais tentavam repetir alguns de nossos passos. Todos esqueceram seus compromissos. O trabalho de Ben foi adiado, a aula de Miranda perdida.
            Como a porta estava aberta, nenhum de nós percebeu quando Emília, uma amiga de Miranda, entrou no apartamento e se juntou a Leandro em “rebolados” recatados. Todos tinham seu par. A pessoa que os completavam.
            Sam se soltou de Petrus e me puxou levemente para longe de Ben. Colocou-nos no centro das danças e rapidamente entendi o que ela queria que fizéssemos. Levantei meus braços para o alto e juntas demos um de nossos gritinhos mais conhecidos.
            Dançamos juntas e gargalhamos. Dezesseis anos tinham se passado desde que nos reencontramos e unidas havíamos descoberto uma vida totalmente nova e maravilhosa. Alguns sacrifícios tiveram que ser feitos, mas agora entendíamos que aquele era o destino.
            O telefone tocou e ambas fomos atendê-lo.
            -Quem fala? – perguntamos com nosso português cheio de sotaque. Ninguém respondeu, mas nós duas sabíamos quem era. Desligamos a ligação e quando nos perguntaram a quem pertencia o telefonema, apenas respondemos:
            -Acho que algumas pessoas do Céu sentiram saudades de ouvir a nossa voz.
            Todos entenderam que falávamos de Austin e Emma. Porém, ninguém chorou ou ficou triste. Muitos anos haviam passado e tínhamos aprendido a conviver com a perda, mas não a esquecido.
            -Gente, eu quero tirar uma foto – gritou Miranda – Todo mundo vai para aquela parede!
            Fizemos linhas em ordem de árvore genealógica, usando alguns degraus materializados: Sandra ficou no último degrau, com Pedro a acompanhando. Eu e Samantha, alguns centímetros abaixo, com Ben e Petrus ao nosso lado, respectivamente. Lizzie e Ben Aust se posicionaram abaixo da mãe deles e de um espaço em branco, Robert e Dana acompanharam os dois, cada um em um lado, enquanto Leandro parou embaixo de minha irmã e seu marido.  Arthur parou no espaço vazio que havia perto do de Miranda.
            Minha filha ligou o timer da câmera e saiu correndo para se posicionar em seu lugar. E juntos gritamos:
            -Os Bloom! – e o flash nos cobriu. Aquela cena estaria guardada para sempre, mas nenhum de nós imaginaria que a imagem tirada se tornaria o papel de parede daquele local. Ops, eu falando de novo sobre coisas que ainda não aconteceram! Este é um fato que só “O Livro das Visões” poderia saber. Porque os segredos das irmãs Bloom nunca são totalmente revelados.
Escrito por StarGirlie.

9 comentários:

  1. Star, Star, o q falar de vc???? Na minha cabeça nao vem nada além de te elogiar com palavras como: amazing, außergewöhnlich (extraordinária), felicitaciones (parabéns) e dizer q gosto muito de vc. Tenho a sorte de estar com vc e a babi muitas vezes por semana, continuem assim q o futuro de vcs irá ser brilhante...
    Bjss personnality fashion
    Bj

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  2. Sério, Per, se eu fosse te descrever com palavras não seria tão chique, falando em vários idiomas, mas diria o mesmo. Muito obrigada por acreditar em nós duas. Fico feliz que tenha uma melhor amiga como você, não sei o que seria de mim se Deus não tivesse te colocado no meu caminho. Beijinhos, StarGirlie.

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  3. Vocês são muito boas nisso, eu adorei! Continuem assim *-* Bjs♥

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  4. Amo o jeito com que vocês escrevem. Romance, mistério, ação. Vocês são simplesmente maravilhosas.
    Meu sonho de consumo de um lugar para morar é o Sul. Além de ser um lugar lindo, é lá onde duas escritoras que eu amo, moram... Sabem quem são?? ~pensa~ rsrs.
    Bjuxxx,
    Taiane.

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  5. Aiii gente, brigada ;D, fico tão feliz quando leio os comentários de vocês! E sabe, Tatáh, ia ser tão bom te ter aqui! srsrsrsrsrsr Beijinhos, StarGirlie.

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  6. oiee Gente vcs duas não me conhecem... mais tbm naum conheço vcs mais adoro historia assim amei a novelas de vcs... E gostaria de saber se posso imprimir e fazer como um livro não gosto de ler coisas pela net mais como esse só tem aki quero imprimir e fazer um livro pra colocar juntos com minha coleção de livros posso?
    eu amei a novela li tudo em um dia vcs duas são muito boas nisso esper um dia ver esse conto virando filme

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  7. Claro que pode imprimir, contanto que seja só seu e coloque nossos nomes. Obrigada por tudo. Beijinhos, StarGirlie.

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  8. Com certeza vou fazer um livro pra mim assim q ficar pronto tiro umas fotos se quiserem mando pra vcs verem como fikou obrigada

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