sexta-feira, 1 de abril de 2011

28° Capítulo Fofoqueira Fina

-Onde ela está? – disse Erik, ao volante.
                -Galpão 5, para lá! – exclamou o namorado de Monica.
                -Não! – gritou Luna. – É para lá!
                Eles se sentiam em uma perseguição. O banco de trás do pequeno carro de Erik estava lotado: Luna, Hevangeline, Julie e Cabe dividiam-no. Daniel estava no banco do passageiro. Por algum motivo, Natalie e Jane tiveram de partir. Parecia que estavam tendo contatos com alguém e negociando o resgate de Monica.
                Os adolescentes estavam perto do local onde eu dissera para irem. Confesso que rezava para que não acendessem as luzes e acabassem com tudo. Monica ainda tinha muita fofoca para gerar, seria uma pena perder uma pessoa com tal potencial. Principalmente quando eu me encontro no pedaço.
                Ao chegarem ao galpão 5, Daniel e Cabe saltaram para fora e começaram a correr. Eu imaginava que disputariam muito mais, pois eram praticamente rivais pelo coração de Monica. Mas não. Eles a amavam tanto que seriam capazes de fazer tudo para que ela saísse a salvo. Temia que isso fosse impossível.
                As garotas foram logo atrás com Erik. Ao entrarem no local onde o seqüestrador escondera Monica, não conseguiram enxergar nada.
                Cabe disse:                                                        
                -Impossível de ver qualquer coisa, deve ter um interruptor por aqui.
                -NÃO! – gritou Daniel, mas era tarde demais. Cabe já achara o que causaria a explosão.
                Sem pensar duas vezes, Luna correu para dentro do galpão.O fogo já ardia.
                Ouviu-se ao longe um garoto solitário, que uma vez pareceu sem coração, gritando:
                -Luna, não!
                A garota não enxergava absolutamente nada e chamou pelo nome da amiga. As chamas a cercaram e ela não conseguia mais encontrar a saída. Não houve resposta.
                De repente, ela avistou uma figura se debater. Era Monica.
                Luna correu naquela direção sem se importar com os machucados e desamarrou, com os olhos fechados, a amiga da cadeira onde se encontrava. Não conseguia ver, mas presumiu que sua boca estivesse tapada.
                Ao perceber que ela não conseguia se mover, a menina que uma vez chamei de fraca, levantou Monica pelos braços e arrastou-a, mesmo sem saber ao certo o caminho que tomava.
                Nesses poucos segundos, percebi que recorreu a Deus. Pediu-Lhe para iluminar o caminho. E a luz veio.
                Luna tossia, assim como Monica, e as chamas taparam-lhe os sentidos. Mas mesmo assim, ela escutou. Um grito de amor. Um grito de paixão. De dor. Erik gritava e ela seguia sua voz.
                Quando percebeu que se afastara do fogo, nem conseguia mais abrir os olhos. Apenas desmaiou, com a certeza de que ele estava ali para pegá-la.
                Tudo que consegui mandar foi:
                “Meu pequeno apelo: rezem para que nada de grave tenha acontecido à L e M. – Fofoqueira Fina”
                By Babi
                

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