domingo, 10 de abril de 2011

Acreditar


Um dia uma moça pensou que pudesse voar. 

Ela foi até um morro, abriu os braços e pulou. O tombo que levou a tirou a vida, mas o fato é que ela acreditou que poderia voar. Ela acreditou que asas se abririam e ela sobreviveria. Acreditou que tudo fosse possível, acreditou na vida. Mas mesmo assim ela lhe foi arrancada.

Para alguns não basta acreditar, é necessário agir. E lhes digo uma coisa: se ela não tivesse acreditado e pulado, não seria feliz. Melhor ter uma vida plena e morrer cedo, do que morrer tarde e ter uma vida descontente. A moça morreu. O tombo foi duro, mas isso pouco significou. O que realmente importou foi que ela morreu, mas morreu feliz.

Nós somos essa moça, que corremos o risco de cair e morrer, mas mesmo assim pulamos. Somos essa moça que acreditou e foi fundo ser feliz. Nem sempre o tombo é bom, mas se não pularmos, simplesmente vão tardar as coisas e seremos infelizes.

Não sei se compreenderam, não estou falando da morte literal. A morte que aqui disse significa a tristeza, a morte da fé. Não deixem-se morrer infelizes. Morram para renascer, caiam e levantem. Esse é o meu objetivo de vida: não ser iludida, ser feliz.

Beijinhos, Babi

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