Quarto Capítulo
Abrindo os olhos

Segurei na mão de Lysander, que estava relativamente mais devagar que eu, Alvo, TJ e Hugo. Apesar dele ter resmungado algo do tipo “perigoso”, eu sabia que deveríamos seguir minha prima.
Logo que saímos do salão principal, encontramos Rosa. Lysander soltou-se instantaneamente da minha mão, mas confesso que fiquei bem aliviada com isso.
-O que aconteceu? – falei.
-Eles sumiram.
Eu sabia exatamente quem eram “eles”. Era assim que eu, Rosa e TJ chamávamos Silvia, Lorcan e Scorpius. Os populares, em outra língua.
-E você decide procurá-los na floresta proibida. Alguma outra idéia, gênia? – disse Hugo, sendo do mesmo modo petulante de sempre.
Rosa mostrou-lhe a língua e ouvi Lysander suspirar. Ridículo.
Percebi que Rosa corou levemente. Nada bom, nada bom mesmo.
-Nossa, eu só quero animar as coisas por aqui!
-Para mim está bem animado. – disse Lysander.
Alvo ficara quieto. Parecia um tanto confuso, não sei. Virei-me para ele. Não podia perder nenhuma oportunidade de encher o saco de meu irmão mais velho.
-Bom, a Rosa pode até não ter tantos motivos, mas aposto que o Alvo tem. “Silvia, Silvia, doce Silvia... por que me largaste, doce Silvia?”. - Rosa soltou um gritinho e começou a rir, como sempre fazia. Os outros também deram risadas, mas Alvo pareceu mais com um cão raivoso do que com um bruxo.
-CALA ESSA BOCA!!- gritou ele.

Caminhamos em direção a floresta proibida, tentando não fazer barulho. Alvo trouxera a capa. Contanto, ele nunca me deixara usá-la, e sabia que desta vez não seria diferente.
A noite estava fria e ouvi Lysander reclamar de algo. Logo, nós paramos na entrada da floresta.
-Nunca vim aqui antes. – sussurrei para TJ, animada, e ela apenas sorriu.
-Tem certeza de que quer entrar? – falou Alvo.
Rosa deu uma piscadela e foi adiante, todos nós a seguindo.
De repente, ouvimos vozes.
-Droga. – disse a primeira, e percebi que era feminina. – Já falei milhares de vezes que poção do amor é idiota.
-Já tentei de tudo. – falou a outra. – Mas ela é burra demais para ver que comigo poderá ter tudo que quiser.
-Fica quieto, Lorcan. – falou outra voz masculina, mais irritada que a última.
-Nossa, assim até parece que não passou de uma brincadeira aquela história toda de “briguinha”.
-E se passou? E se foi mais que isso? – disse Scorpius.
-Não. Nunca me apaixonaria por aquela... sangue sujo. – respondeu o garoto.
Olhei para Rosa. As lágrimas começaram a surgir nos olhos, e ela saiu correndo antes que eu pudesse contê-la. Fomos logo atrás, mas no meio da noite, a perdemos de vista.
E eu soube, naquele instante, que ela percebera algo que eu já havia visto há tempos.
By Babi
hmmmm, capítulos romanticos, sinto q o amor esta no ar...
ResponderExcluirPois é, pois é...
ResponderExcluirBeijinhos, Babi