segunda-feira, 13 de junho de 2011

40º Capítulo Fofoqueira Fina 2




Capítulo narrado por Luna...
            A formatura havia sido linda, eu devo concordar. Ainda mais por ver a alegria nos rostos de cada um.
            Eu e Erik, Monica e Daniel, Julie e Thiago, Cabe e Wandy, Gabriel e Becky, David e Heva. Sim, vocês não leram errado. David e Heva.
            Apesar de David ainda se balançar um pouco por Monica, o garoto havia se tocado que a amiga já tinha “dono”, e que ele precisava continuar a viver. Todos nós demos o maior apoio, pois sabíamos muito bem o quanto é difícil amar alguém que não te ama.
            Então, começamos a marcar encontros com mulheres para ele e, também querendo ajudar Hevangeline, marcamos encontros para ela com amigos nossos. No momento, não percebemos, mas depois de um tempo, decidimos marcar um jantar para que os dois se conhecessem melhor. E deu no que deu.
            Bom, mas voltando ao assunto “formatura”...
            No final da entrega de diplomas, todos nos sentimos orgulhosos. Seria vida nova daqui para frente. Eu seguiria publicidade, Julie iria para medicina, a de Thiago seria de turismo, Monica, moda, Daniel faria engenharia... iríamos nos separar.
             A festa depois do evento foi muito boa. Dançamos demais, todos, e nos divertimos a beça.
            Mas o destino é trágico. Ele não gosta de diversão.
            Quando estávamos saindo do local, houve um tiroteio ali perto. Não entendemos direito o que estava acontecendo na hora, mas logo depois de ouvir os disparos, também escutamos um grito. Cabe.
            O garoto gritara, e todos nós olhamos para ele. Em seus braços, Wandy jazia morta. Uma bala perfurara seu peito.
            Cabe a colocou no chão. Nenhum de nós sabia o que fazer, então todos fomos consolá-lo.
            Chamei uma ambulância, apesar de já estar muito visível que não haveria salvação. Pobre Cabe, primeiro Anne, mesmo que ele tivesse sido o culpado dessa última, e agora Wandy.
            Erik também chorou muito. Claro, eu entedia perfeitamente que a moça era mãe do filho dele.
            No momento em que pensei nisso, uma ficha me caiu. A mãe do filho dele.
            Fomos para casa, logo depois de acertarmos tudo para que Wandy tivesse um velório decente, e já era de manhã. Precisava aliviar toda aquela tensão.
            Entrei no chuveiro, tentando tirar de mim todas as lembranças ruins da noite. E eu que pensara que as mortes haviam acabado junto com Spencer... Lágrimas rolavam de meus olhos, à medida que os pensamentos vinham.
            Erik entrou no banheiro e encostou-se na parede. Ele estava nervoso, e demorou alguns minutos para começar a falar.
            -Luna, acabaram de me ligar. – Erik abaixou a cabeça. – Eu tenho que te perguntar uma coisa...
            Eu sabia o que ele iria perguntar, mas deixei que ele falasse. Queria saber se ele realmente me pediria aquilo que imaginava.
            -Olha, temos sido muito felizes... só nós dois. Mas agora, vou precisar ir embora. Não podemos continuar juntos, porque não quero estragar sua vida. Luna, você é jovem e bonita. Ainda vai encontrar alguém que te ame mais do que eu.
            Levantei os olhos, ainda úmidos de lágrimas, e sai de baixo do chuveiro. Estiquei os braços e o abracei, mesmo molhada.
            -Erik, lembra quando você me contou sobre Yuri? – eu disse, e ele assentiu. – O que foi que eu disse? Eu disse que se fosse necessário, ele viveria conosco. E eu tentaria ser como uma mãe para ele. – suspirei e me afastei o bastante para olhar nos seus olhos. – Por favor, não me prive desta alegria. Eu quero ser a mãe dele. E nunca, nunca mesmo, conseguiria ser feliz sem você ao meu lado.
            Erik deixou escapar uma lágrima. Mas não uma lágrima qualquer, uma lágrima de amor profundo. E, em nenhum outro momento da vida, soube que ele me amava como soube naquela hora. E eu o amava igual, com a mesma intensidade. Para sempre.
            -Luna, não sei nem o que falar...
            - Apenas me deixe ser a mãe do seu filho.
            O garoto assentiu, e soube que tudo ia ficar bem.
            Arrumei-me, e juntos fomos para a casa da avó de Yuri, onde o garoto passara a noite em que sua mãe havia se formado, a mesma noite em que ela morrera.
            Ao tocar a campainha, Erik percebeu que eu estava nervosa.
            -Não fica assim. A avó dele me odeia, então qualquer coisa que fizer vai deixá-la brava.
            Ri de um jeito bobo, do jeito que somente Erik poderia provocar.
            A porta se abriu, e uma senhora de idade estava parada atrás dela.
            -Olá, Erik. – disse ela, ríspida.
            -Hum. – ele apenas disse.
            -E acho que essa aí deve ser a nova namoradinha.
            Eu fingi não ter ouvido e sorri.
            -Olá, dona Morgana. Meu nome é Luna.
            Estendi o rosto, obrigando-a a me beijar na bochecha.
            -Sinto muito pela sua filha. Prometo ajudar Erik no que puder, eu sei como deve estar sendo difícil para você. – olhei para baixo. – Já perdi um pai e uma mãe. Para mim, não está sendo nada fácil, e imagino que a dor seja praticamente a mesma.
            -Ah, obrigada querida. – disse a senhora, fazendo Erik me encarar de um jeito estranho. Parecia que eu havia cativado a mulher. – Tenho certeza que sim. Você parece ser uma boa garota... sim, uma boa garota. –ela segurou em minhas mãos, e eu sorri novamente. – Tenho certeza de que cuidará bem do pequeno Yuri.
            Balancei a cabeça afirmativamente. Estranho, acho que o problema era com Erik, pois a senhora me pareceu muito gentil.
            Entramos na casa e logo vi Yuri, que faria dois anos em breve, sentado no chão, brincado com uns carrinhos. Tão inocente.
            Ao ver o pai, o garoto soltou um gritinho de animação.
            -Papai!
            Corremos para o lado do menino, que me olhou e disse:
            -Bincá? Bincá com eu?
            -Ah, - falei, confusa. – Claro, vamos brincar.
            Sentei no chão, ao lado dele, e fiquei brincando. O menino era maravilhoso. Inteligente, carinhoso, tinha os olhos castanhos do pai e era loiro como a mãe. Lindo.
            Erik sentou-se ao nosso lado e me abraçou forte. Beijamos-nos e deixei escapar um enorme sorriso. Apesar de toda a tristeza, ter a pessoa que eu mais amava na face da terra ao meu lado me deixava feliz. Muito feliz.
            Levantamos logo em seguida.
            -Vocês vão bora? – disse Yuri, com os olhinhos cheios de lágrimas.
            -Você quer isso? – disse.
            Ele balançou a cabecinha, negativamente.
            - Quer ir comigo e com o papai?
            O menino teve seu rosto iluminado. Levantou, e esticando os bracinhos, disse:
            -Sim, quelu, sim!
            Dona Morgana sorriu.
            -Viu, ele gosta de você.
            Também sorri e deixei cair uma lágrima. Seríamos uma família muito unida.
            Demos tchau para a avó de Yuri e fomos para casa.
            Ao chegarmos, o garoto já havia adormecido em meu colo. Erik tomou-o em seus braços e o colocou no sofá.
            Fiquei por alguns momentos olhando para ele, até que fui preparar uma mamadeira.
            Ao voltar, percebi que Erik acariciava os cabelinhos lisos da criança. Por minutos, apenas observei a cena, emocionada. Ele seria um pai muito bom.
            Aproximei-me e coloquei o bico da mamadeira na pequena boquinha de Yuri, que logo começou a beber o leite.
            -Luna? – disse Erik, virando o rosto para mim.
            - O que? – respondi, olhando o pequenino.
            -Será uma ótima mãe.
            Sorri agradecida. Eu estava feliz, sim, estava imensamente feliz.
            Sempre quisera ser mãe. Sempre. Mas não sei, acho que não fora antes pois Deus não quis. Agora, tinha o pequeno Yuri, filho do meu Erik, para cuidar. Ele seria meu filho.
Meu filho.
 By Babi

3 comentários:

  1. Emocionei e a musica tem td a ver com isso!

    Bjos,
    ANNA BYA

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  2. Que bom que gostou! Quem escolheu a música foi a Star, e foi muito bem escolhida, adoro!

    Bjs, Babi

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  3. Ahh, amei! Muito bom o Capitulo! s2 Éam... É o último? D= Beijinhos,Cáah!

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