terça-feira, 27 de setembro de 2011

Epílogo de A Vida Depois do Fim

É realmente muito estranho estar encerrando "A Vida Depois do Fim". Foram tantos dias com essa novela, que provavelmente foi a com menos "paradas". Eu e Babi estávamos extremamente concentradas em manter a história sendo postada todos os dias e é triste saber que ela acabou.
Claro que fico feliz que tenhamos conseguido terminar nossa 7ª novela. Se uníssemos todos os capítulos, provavelmente teríamos feito 7 livros. Agora que reparei, em Harry Potter, o número 7 é o da sorte e o mais poderoso, e a nossa fanfic sobre esta grande história está exatamente nesta colocação em nossas webnovelas. Coincidência né?
Enfim, quero agradecer a você, que leu essa novela e acompanhou a história de Rosa e Lilian em seus terceiro e segundo ano, respectivamente, em Hogwarts. Sempre quis fazer uma fanfic e quando escolhemos juntas que ela seria sobre os filhos de Harry Potter e cia, não resisti. Hoje não me arrependo.
Foi difícil criar novas histórias em cima de uma já existente, pois não queríamos alterar a personalidade de ninguém. Realmente sempre imaginei Rowena como uma mulher egoísta que ficaria em um triângulo amoroso com Salazar e Godric, enquanto Helga seria a pessoa que ajudaria todos. 
Sei que sempre enrolo nesses discursos, mas achei importante agradecer a todos que gastaram seu tempo lendo nossa novela, sendo que algumas dessa vez são nossas amigas do colégio em que estudamos e possuem personagens na trama. 
Resumindo, obrigada por tudo e espero que aproveitem esse Epílogo!

Epílogo


            Joguei-me na pista de dança e balancei minha cabeça no ritmo da música. Meu vestido roxo possuía faixas transparentes e que reluziam as luzes do Baile de Inverno.
            Ficara realmente feliz quando Minerva o adiara para depois do Natal. Hermione, que fizera meu vestido, avisara que não conseguiria acabá-lo antes disso. Acredito que Rowena e Helga deram uma ajudinha a meu favor.
            Levantei meus braços para o teto de onde neve parecia cair. Girei em meus próprios pés, tropeçando sem querer e caindo nos braços de alguém.
            -Oi, Alvo – minhas bochechas coraram imediatamente, enquanto suas mãos tentavam me erguer novamente. Porém, toda sua força estava concentrada em seu olhar e acabamos caindo no chão.

            -Achei que você estava menos desastrada esse ano – disse meu melhor amigo, rindo comigo, enquanto nos desviávamos dos pés dos outros alunos. Não queríamos nos levantar e nem iríamos.
            -A única diferença é que agora tenho alguém para me segurar – afirmei, tentando não olhar em seus olhos verdes. Desde que começara a namorar Scorpius, me afastei de meu melhor amigo.
            -Que não sou eu – resmungou Alvo, olhando para meu vestido. Ele nunca era discreto quando me observava. Sempre parecia prestes a tomar uma atitude irresponsável.
            -Alvo, nós já... – comecei, mas ele cobriu delicadamente minha boca com seus dedos e disse:
            -Eu sei. Você ama Scorpius. Eu estou com Felícia. Está tudo certo – seu rosto estava perto demais do meu, o que ainda me causava um grande formigamento. Era como se nossas energias estivessem unidas.
            -Alvo, não está tudo certo. Você me ama...
            Só que ele me impediu de continuar. Segurou meu rosto e não deixou que nada mais saísse de meus lábios. Alvo sempre parecia tentar me conquistar, mas algo em sua alma dizia que era uma causa inútil. Queria que a minha respondesse que um dia aquilo não foi assim.
            -Acho que é melhor nos levantarmos e voltarmos ao normal – disse, nervosa, enquanto mexia em meu cabelo cheio de cachos ruivos.
            -É, mas também, acho que não temos opção – Alvo apontou para a grande porta do Grande Salão e eu enxerguei o que sempre esperara que voltasse a acontecer.




            Scorpius, Lorcan e Silvia estavam parados na entrada do Baile, voltando a ser a “turma popular” do colégio. Meu namorado estava tão deslumbrante quanto o de Lilian. Já a garota que um dia fora minha inimiga mostrava a todos que era a mais linda do colégio.
            -Oi, minha ruivinha – disse Scorpius, me abraçando, enquanto Lorcan fazia o mesmo com Lilian. Alvo saiu andando, enquanto Silvia foi atrás de Thiago. 
            Pensei em seguir meu primo, mas sabia que não era o certo. Devia ficar com meu namorado. Então, apenas o observei de longe encontrando Felícia e a abraçando.
            Era estranho estar afastada de alguém que amava tanto. Ultimamente, o máximo que conseguia ficar próxima de Alvo era naqueles momentos extremamente estranhos como o que acontecera minutos antes.
            Nas horas seguintes, dancei com Scorpius, Lilian e até mesmo Lorcan. Felícia tentara se reaproximar de mim, mas um sentimento dentro de mim parecia impedi-la. Eu sentia ciúmes de sua relação com Alvo e sabia que ele devia saber disso.
            A madrugada já caía quando Minerva nos mandou retornar aos nossos dormitórios. Eu, Scorpius, Lilian, Lorcan, Alvo, Felícia, Thiago, Hugo e TJ, que passaram a festa inteira juntos, nos encaminhamos para nosso Salão Comunal, enquanto Silvia ia para o da Lufa-Lufa.
            Entramos na Sala Precisa, enquanto ela se transformava na maravilhosa sala roxa a quem tanto nos acostumamos. Seus toques cinza a deixavam ainda mais perfeita.
            Lilian e TJ se dirigiram ao dormitório feminino do terceiro ano, Felícia ao do quarto, enquanto Lorcan e Thiago foram para o masculino do quinto, e Hugo partiu para o seu. Porém, eu, Scorpius e Alvo permanecemos sentados no sofá em frente à lareira, cada um em um lado meu. Era hora de uma conversa. E todos sabíamos disso.


            Três dias haviam se passado desde a grande conversa que tive com Scorpius e Alvo. 72 horas haviam partido desde o momento em que fui obrigada a dizer adeus ao meu melhor amigo. 4320 minutos de um sofrimento abafado me destruíam.
            -Rosa, você precisa ir para a aula. Precisa sair dessa cama. O Scorpius está tentando falar com você há tanto tempo. Por favor, dê uma chance a ele – disse Felícia sentada em minha cama no dormitório das alunas do quarto ano.

            Não me mexi, preferindo não encarar minha melhor amiga e também, provavelmente, namorada de Alvo. Imaginei meu loirinho sob as escadas esperando alguém que nunca iria.
            -Diga-me, Felícia, você já amou um melhor amigo? – aquilo não era uma indireta sobre Alvo e sim uma pergunta real. Felícia suspirou, mas respondeu:
            -Sim, a minha vida inteira, mas ele nunca me enxergou assim – seus olhos brilharam de uma maneira que eu reconhecia, que na verdade sempre soube o que significava.
            Saltei da cama, peguei uma mochila e comecei a colocar várias roupas dentro dela.
            -O que você está fazendo? – perguntou Felícia assustada.
            -Estou fazendo a escolha que deveria ter feito há muito tempo atrás – respondi, vestindo rapidamente uma roupa qualquer, enquanto pensava no tempo que teria até chegar a...
            Corri porta afora do dormitório, encontrando Lily na escadaria. Ela parecia ainda mais feliz conforme a dor por Lysander se tornava um carinho por Lorcan.
            -Preciso de você – disse apenas.
            -Até que enfim, né Rosa? Temos pouco tempo! – exclamou minha prima me puxando pelo braço. Descemos os degraus às pressas, porém, Scorpius estava no meio do caminho.
            -Aonde você está indo? – perguntou meu namorado com lágrimas nos olhos.
            -Desculpe-me, Scorpius. Desculpe-me por tudo. Eu nunca quis te magoar. Nunca mesmo. E você sabe disso. Estou apenas seguindo meu destino. Faz séculos que estamos tentando isso.
            Scorpius, que entendera claramente tudo, me abraçou enquanto sussurrava “nunca vou te esquecer”.
            -Dê uma chance a ela. Sempre lhes disse que era a intrusa, que chegara depois apenas para atrapalhar um grande amor e agora vejo que estava certa. Boa sorte, loirinho de olhos verdes – brinquei, dando um beijo em sua bochecha e correndo até a entrada do Salão Comunal.
            Lily percorria todo o caminho comigo até que chegamos aos portões de Hogwarts. Apesar de ter parado, a energia de minha amiga parecia me seguir enquanto eu corria sozinha pela estrada de Hogsmeade.
            A chuva caía intensamente quando cheguei à estação de trem. Não conseguia enxergar nada, mas mensagens mentais de Victoire e Teddy, os protetores de Hogsmeade, me guiaram.
            Então, eu o vi. Segurando seu guarda-chuva, ele esperava o trem que o levaria de volta para casa, para um lugar longe de mim. Suas roupas estavam molhadas, sua mochila ensopada. Lágrimas se misturavam aos seus olhos e senti que a dor corrompia seu coração como o meu. Não resisti e me lancei em minha direção.
            Nossos corpos se uniram em um abraço que não acontecia há meses. Seu cabelo preto se enroscou com meus fios ruivos. Suas mãos tocaram minha face não acreditando no que viam.

            -Rosa? O que você faz aqui? Não devia estar em Hogwarts? O que aconteceu? – as perguntas saíram confusas da boca de Alvo. Seus olhos verdes transmitiam o choque em me ver.

            -Eu só entendi o que meu coração não conseguia aceitar até agora – respondi, tentando tirar a água de meu rosto.
            -O quê?
            -Alvo, eu sempre te amei. Alvo, eu te amo agora, mesmo sabendo que não devia. Mesmo sabendo que somos primos, que você está com Felícia e eu estava com Scorpius...
            -Você estava com Scorpius? – interrompeu-me Alvo.
            -Sim. Ele sabe que meu destino é você, sempre foi na verdade. Tudo nos ligara. Todos os fatos nos uniram. Rowena e Godric deveriam ficar juntos no final não é mesmo? – meu coração palpitando ao ver meu melhor amigo retribuir o sorriso que havia lhe dado.

            -Não diga mais nada – calou-me Alvo, me puxando para ainda mais perto – Eu sempre te amei e te amo ainda mais. É só isso que importa.

            Naquele momento, um raio de sol percorreu o céu e a chuva cessou. Os lábios de Alvo encostaram os meus e, como em meu primeiro beijo, todo o mundo desapareceu.
            Beijamo-nos diversas vezes entre intervalos onde ríamos pelo momento. Porém, quando estávamos prestes a nos unirmos novamente, vi rapidamente uma energia amarela e preta percorrer a estação. Então, eles viveram felizes para sempre, disse a voz risonha de Helga Hufflepuff.
            -Ela tem razão contanto que você troque o título de “melhor amigo” para o de namorado – relembrou Alvo. Sorri, segundos antes de beijá-lo novamente e dizer:
            -Tudo bem, meu namorado – e naquele momento tudo estava bem. Ou melhor, perfeito.

Escrito por StarGirlie.

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