quarta-feira, 7 de setembro de 2011

16° Capítulo A Vida Depois do Fim

Décimo Sexto Capítulo
Saindo das grades

 -Lily! – gritou alguém, interrompendo meu momento com Lysander. Xinguei mentalmente a criatura inconveniente que me perturbara.
         Empurrei o garoto e fiquei de pé.
         -O quê? Rosa, onde você está? – falei, tentando me concentrar em sair daquele mausoléu.
         -Não sei. Eu e Scorpius estamos trancados. Siga minha voz e tente vir até aqui.
         Lysander segurou em minha mão, sem dizer nada, e eu fiz o que Rosa mandara. Logo, dei de encontro com uma grade.
         -Rosa, estou presa aqui!        
         Senti, em poucos segundos, os dedos de minha prima atravessarem as barras e encontrarem os meus.
         -Pronto. Quem mais está aí? – disse ela.
         -Eu, Lysander. Onde estão Alvo, Felícia e Lorcan? – falou o garoto, ainda segurando a minha mão.
         Não era hora para pensar nessas coisas, mas naquele momento, me dei conta do quão cega fui durante muito tempo. Estava tão vidrada em alguém que não era meu que esqueci de olhar para o lado. E agora, que finalmente conseguira me libertar daquela sensação, eu estava feliz. Lysander era fofo, engraçado e eu não saberia mais ficar sem o seu apoio. Ele era meu, e eu o queria.
         -Estão do lado oposto. É quase como se fossem três celas, e eu e Rosa estamos na do meio. – falou Scorpius, logo atrás de minha prima. – Você está bem, Lily? Escutei uma gritaria antes.
         Pisquei várias vezes, conseguindo ver apenas as silhuetas das pessoas a minha frente.
         -Sim... eu gritei? – perguntei, um pouco assustada.
         Um segundo de silêncio se fez.
         -Na realidade, gritou. – falou Lysander. – Algo como...
         -...”Eu vou matá-los.” – completou Rosa.
         Cobri minha boca com as mãos. Eu não havia dito aquilo.
         -Calma. – falou Lysander, colocando a mão sobre meu ombro. – Deve ter sido um pesadelo...
         -Não. – falei. – Eu escutei uma voz, uma voz horrível que dizia que iríamos pagar. Os filhos dos heróis de Hogwarts iriam pagar. Mas, achei que você também haviam escutado.
         -Não ouvimos nada, Lil. – falou Scorpius.
         Lysander apertou minha mão, para me mostrar confiança.
         -Nós precisamos fugir daqui – e o mais rápido possível. A pessoa que nos trouxe, seja lá quem for, voltará em breve.  – disse Lysander. – E eu não quero estar aqui para conhecê-la.
         -Mas como? – disse Rosa. – Nossas varinhas sumiram.
         -Ei, - falei. – espere.
         Coloquei a mão em meu sapato. Eu sempre guardara a varinha ali, e percebi que ela ainda estava lá.
         Retirei-a e disse:
         -A minha continua sã e salva.
         Percebi que Rosa sorriu.
         -O que estamos esperando? Abra logo essa jaula!
         -Se afastem. – siblilei. – Bombarda!
         Um buraco imenso se formou entre as barras. Sussurrei “Lumus” e o ambiente ficou mais visível.         -Isso foi ótimo! – falou Lysander, me abraçando e deixando-me corada.
         Depois de abraçar Scorpius e Rosa também, fomos para o outro lado da cela e a arrombamos, libertando Alvo, Felícia e Lorcan.
         -Graças a Deus! – disse ele, me abraçando. – Sabia que faria alguma coisa, Lily.
         Soltei-me rapidamente de Lorcan. Desta vez, ao invés de corar, olhei para Lysander, que ainda segurava minha mão. Mas ele apenas sorriu e apertou-a mais forte.
         -E agora? – disse meu irmão. – Como saímos daqui?
         -Sabem de uma coisa, há uma porta daquele lado. – disse Felícia, apontando para outra extremidade do local. – Pode ser que consigamos sair por ali.
         Concordei e, ao lado de Rosa, fui guiando o grupo com minha varinha. A medida que andávamos, o lugar parecia ficar mais úmido e mal cheiroso.
         -Onde estamos, afinal? – disse Scorpius.
         Parei de andar e, olhando para meu melhor amigo, disse:
         -Mas não é óbvio? Estamos na Câmara Secreta. Ou pelo menos, na parte subterrânea de Hogwarts. O lugar da sujeira e do medo. O lugar dos basiliscos.
         E, neste exato momento, uma barra de ferro caiu em algum lugar da cela, fazendo um eco gigantesco. Nós soubemos, imediatamente, que eles haviam chegado.

By Babi

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escrever é expor seus pensamentos...
Coloque um comentário e venha se aventurar também!