domingo, 11 de setembro de 2011

20º Capítulo A Vida Depois do Fim

 Vigésimo Capítulo

A Sala


          -Quer saber o que eu odeio? Gente burra igual você, Lorcan!
            -Falou o inteligente, que não consegue nem ao menos conquistar uma garota...
            -PAREM!!! – gritei, tentando fazer a discussão cessar. – Vocês são irmãos. Se querem tanto assim me ajudar, poderiam começar parando de BERRAR!
            Alvo estava mais ou menos na briga também, então lhe lancei um olhar para que entendesse que não era a hora para aquilo.
            Quando todos pararam e se acalmaram, finalmente suspirei.
            -O que vamos fazer agora? – perguntou Lorcan.
            Peguei meu medalhão que continha a insígnia de Hogwarts e o bati contra minha cabeça.
            -Pensa, pensa, pensa... – sussurrei.
            E logo depois, os pensamentos começaram a surgir em minha mente.
            Por que Salazar e Rowena queriam tanto minha prima e meu melhor amigo? Por que estavam tão preocupados? Por que voltaram? Por que pareciam tão juntos, enquanto sempre considerei Rowena uma grande heroína da beleza e inteligência e Salazar um grande idiota? Por que...
            Mas em menos de um segundo, tudo ficou claro em minha mente. Tudo.
            -Lysander, - falei, sabendo que ele me ajudaria a organizar os pensamentos. – pense bem. Acho que está tudo interligado. Salazar e Rowena queriam, de fato, Rosa e Scorpius. E, além disso, só há uma explicação para não estarem mortos. Uma que conhecemos bem.
            -Horcruxes. – disse Lorcan, me surpreendendo.
            -Sim. – falei, chacoalhando a cabeça com tantas ideias se formando. – Mas eu acho que pode não ser só isso. Quer dizer, se não eles já os teriam matado, não é? Talvez eles precisem de outra coisa, uma coisa mais além. Pensem bem.
            Alvo pareceu o primeiro a compreender.
            -Eles podem estar criando uma nova geração. Quer dizer, Scorpius é bastante ambicioso, como Salazar e, claro...
            -Rosa. Igualmente inteligente a Rowena. – diz Lysander, me fazendo sentir uma pontada de ciúmes que logo some.
            Concordo com a cabeça, sabendo que tudo que meu amigo disse é verdade.
            -Mas Ravenclaw? – falou Lorcan. – Sempre a achei muito... boa. Quer dizer, para estar com Salazar?
            -Pensei nisso. – afirmei. – E só há uma conclusão. Uma que neguei no momento em que percebi, mas que agora vejo que faz sentido. Eles podem gostar um do outro. Tipo gostar para valer.
            -Você acha? – falou Lysander, surpreso. – Mas por que não assumiram antes, se gostam tanto um do outro?
            -Aparência. Nós vivemos delas, assim como os Fundadores. Vocês acham que eu me orgulharia de ser da Grifinória se não soubesse que Godric foi leal e corajoso? E vocês, gêmeos, se orgulhariam se soubessem que na realidade Rowena é tão perversa quanto Salazar? Para mim, o único realmente honesto neste grupo é o fundador da Sonserina.
            Eles concordam, mas Lysander pega na minha mão, gerando um leve tremor em mim, e diz:
            -Não sei ao certo. Mas qualquer casa é importante. Na Sonserina, um dos homens mais corajosos do mundo se formou. Na Corvinal, minha mãe venceu um dos bruxos mais poderosos da Terra. Na Lufa-lufa, minha professora preferida dá aulas. E, claro, na Grifinória, há a pessoa mais linda que eu poderia encontrar.
            Ele sorri, mas antes que eu começasse a corar, puxei minha mão.
            -Que demais. Espero um dia conhecê-la.
            Virei as costas, sem nem querer saber como estava a cara do meu irmão e comecei a subir as escadas. Quando não escutei seus pés atrás de mim, virei-me e disse:
            -O que estão esperando? Temos um enigma para resolver.
            Chegamos, dali pouco tempo, na porta da Sala Comunal da Corvinal.  Uma águia de bronze estava a nossa espera, e quando nos viu, disse:
            - Um enigma terão de responder, se entrar na sala vocês vão querer. Mas como são, (vejam só!), quatro crianças, receio ter que dificultar as coisas, mas não percam as esperanças!
            Concordei, já sabendo que teríamos de responder a uma pergunta para que pudéssemos entrar.
            -Vamos ver... somente um poderá a seguinte questão responder. Se devesse escolher entre Beleza e Inteligência, como iria fazer?
            Olhei ao redor, mas quando percebo, os garotos que me acompanhavam estavam, basicamente, há uma distância considerável. Suspirei, percebendo que teria de fazê-lo.            -Não há como escolher. – disse, sendo sincera. – A verdadeira beleza é a beleza da alma, o que gera assim, mas beleza aos mais bem instruídos. Já a inteligência, quanto mais você possuir, mas será visto pelos outros como belo. O que, de certa forma, acaba por gerar um círculo sem fim.
            Quando acabei, percebi que estavam todos prendendo a respiração, e quando dei por mim, a águia a minha frente estava gargalhando.
            -Pois bem. Senhorita Potter, acho que se encaixaria em nossa casa também. Mas, por motivos que desconheço, preferiu se juntar a aqueles que padeço.
            A porta se abriu e todos entramos.
            -Muito bem. – sussurrou Lorcan.
            Olhei ao redor. Tudo parecia tão calmo, tão tranqüilo...
            -O que viemos fazer aqui? – perguntou Alvo.
            -Achar alguém muito especial. – respondi.
            Um segundo se passa até que eu sinta uma leve ondulação no ar.
            -Estão a minha procura? – disse Helena, fazendo com que nos virássemos.
            By Babi

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