quarta-feira, 2 de novembro de 2011

14° Capítulo Fofoqueira Fina 3

14º Capítulo da Terceira Temporada

          Caroline olhou o celular pela milionésima vez. 05:00 da manhã, e nada. Pelo jeito, Olivia continuava inconsciente no hospital. Então deitou-se no sofá, exausta. Lá fora, a lua ainda brilhava. Na cama, Eduardo ainda repousava. E no rosto da garota rosto, as lágrimas ainda rolavam.
          Aquela fora, sem dúvidas, a festa mais "arrobada" de todas. Sabia que a menina pensava o mesmo, pois estava chorando por este motivo. A festa.
          Pobre Caroline.... ela bem que estava feliz. Ou tentando, pelo menos. Mas a prima teve de estragar tudo... como sempre.
          Por que ela tivera de fazer o que fez? Por que estava se matando? Mas o mais importante, por que fizera tudo aquilo por Jake? Estas perguntas rondavam a mente de todos. 
          A garota escutou Eduardo resmungar algo, mas logo parar e continuar seu sono. O jeito com que parecia tão descontraído e sereno só a machucava mais ainda.
          Pensou em tudo. Pensou no modo como seu irmão ficara logo após Monica ir ao chão. Pensou em como Jake fugira assim que a ambulância chegara. Pensou em Alice, que apesar de tudo, fora ao lado de Monica dentro do veículo. Pensou também em seus pais, que, assim como os pais de sua prima, foram para o hospital aguardar notícias. Eles haviam lhe pedido desculpas, prometido outra festa, antes de saírem. Mas ela não queria. Não suportaria isso.
          Pensou então em Leo. Olhou para o anel que ele lhe dera e as lágrimas pareceram fluir com maior facilidade. Tudo que desejara era uma última dança, mas tudo que tivera fora sua última esperança perdida. Ele provavelmente estava com Mary agora.
         Assim como ela estava com Eduardo.
         Mas era diferente, lembrou. Com tantos acontecimentos,  não houve nem tempo para pensar em seu namorado. Muito menos tocá-lo.
        A relação dos dois era confusa. Nascera de algo que não fazia sentido, pois as circunstâncias os haviam aproximado. Mas, apesar de tudo, ela considerava aquilo como sendo amor. Um tipo de amor.
         Chegara no apartamento dos pais de Eduardo depois de mandar todos os convidados embora. Não queria ir para casa, e além do mais, já havia combinado de passar a noite ali, enquanto os pais do garoto estivessem fora da cidade.
         Desejara aquele momento por muito tempo. Planejara-o há semanas. Mas, na hora em que abrira a porta do apartamento, desabara a chorar. Sabia que Eduardo compreenderia, então dormiram abraçados como já haviam feito milhares de vezes. Ou pelo menos Eduardo dormira.
         Levantou-se do sofá. Olhou para ele. Queria tocá-lo. Queria senti-lo. Mas ainda não tivera tal oportunidade...
         Deitou-se então e o abraçou. Estava semi-nua, assim como ele, mas isso não importava. A garota precisava de um ombro amigo.
         Fechou os olhos e aspirou o cheiro de sua pele. Doce, mas ao mesmo tempo, amarga. Não era ótima, senão viciante.
         De repente, a porta fez um barulho de chaves e se escancarou. Caroline mal teve tempo de se cobrir, assim como Eduardo, que acordou de supetão. A cena os paralisou, assim como o casal que entrou ali.
         -Mãe? - disse C, olhando assustada para Eduardo.
         As luzes foram acesas, revelando o espantamento dos pais da garota. Parece que desta vez nossa pequena garotinha está com grandes problemas.
         -O que está acontecendo aqui? - gritou Erik. - Caroline.... Eduardo... vocês...
         -NÃO! - berrou a garota. - Não é o que vocês estão pensando. 
         O dia nem nascera, mas já estava muito bom. Para mim, claro.
         - E o que estamos pensando? - disse Luna. - Bem, se for que a minha menininha está no quarto de um rapaz mais velho, semi-nua, assustada e chorando... sim, é o que estou pensando.
         -Não fizemos nada! - disse Eduardo, enquanto colocava as roupas. - Ela só dormiu aqui! 
         -Ah, claro. Assim como eu nasci ontem! - gritou Erik.
         Caroline começou a se arrumar, colocando o vestido da noite anterior. A confusão apenas aumentara, e não sabia se seus pais iriam acreditar no que queria dizer. Estava fragilizada demais para tentar explicar, mas mesmo assim começou.
         -Mãe, - disse ela. - é sério, eu não...
         -Cale a boca. - respondeu Luna. - Temos problemas maiores. Precisamos ir ao hospital. Mas me diga: ele te machucou?
         -Não! - gritou ela, surpresa.
         -Eu nunca faria isso... - tentou se defender Eduardo, sem adiantar.
         -Conversamos depois. - disse Erik. - Agora vamos para o hospital. Olivia acordou, mas está muito mal. Não sabemos por quanto tempo ela ficará consciente, então...
         Todos concordaram, fechando o apartamento o mais rápido possível. Naquele momento, a vida de Olivia era mais importante.
         Por enquanto.

         By Babi

Um comentário:

  1. O jeito 'Alena' de ser está no sangue, não é mesmo? Olivia é copia de sua mãe...

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