sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Fim

           Sou apenas uma adolescente. Uma entre as milhões que amam Harry Potter, que viveram suas infâncias ao lado dele, que assistiram a cada filme, que reviram tudo e sentiram as mesmas emoções, que leram cada livro devorando cada mísera palavra, que torceram pelo beijo de Hermione e Rony e gritaram quando isso aconteceu, que choraram com cada morte de um personagem importante, que, enfim, viveram esta história.
           Eu tinha três anos quando assisti "Harry Potter e a Pedra Filosofal" nos cinemas. Para mim, naquela doce idade, tudo era escuro demais, sombrio ao extremo, porém, com quatro anos fui assistir "Harry Potter e a Câmara Secreta". Não suportei mais a escuridão. Eu era jovem demais e impedi que minha mãe me levasse ao cinema nos próximos filmes. Porém, continuei a assisti-los em casa, comendo pipoca, gritando a cada momento "assustador" e sentindo a emoção do meu trio de heróis.
          Tudo mudou em 2009. Em 2008, eu havia adquirido um apreço por filmes e histórias sobrenaturais, que me faziam gritar de medo, mas também produziam risadas e suspiros. Foi com essa base, que eu conheci minha melhor amiga. 
           Ela é praticamente minha gêmea. Gostamos das mesmas coisas, temos os mesmos medos, sofremos os mesmos problemas, somos fisicamente e mentalmente parecidas. Não sei se posso divulgar seu nome, então a chamarei de Mary. 
           Não fomos melhores amigas desde o início, não posso mentir. Começamos nossa amizade quando ela conheceu meus gostos sobrenaturais. Eu era apaixonada por Crepúsculo e ela por Harry Potter. Decidimos fazer uma "brincadeira", cada uma lia e via os filmes da saga "da outra" e comprovaria se tudo que a amiga dissera era verdade.
           Não deu outra. Mary se apaixonou por Crepúsculo e eu por Harry Potter. Aos poucos, em nossa animação, acabamos entrando em "um caminho sem volta". Passávamos tardes escrevendo histórias, cochichando opiniões, encontrando detalhes minúsculos em cada cena ou página. Íamos uma na casa da outra ver os filmes e derramar lágrimas nas cenas tristes. Emprestamos livros, ou em alguns casos, demos livros, uma para a outra e absorvemos cada letra.
           Neste vício, nos afastamos de nossas outras amigas. Quando voltamos a elas, as coisas já haviam mudado. Eu e Mary havíamos nos tornado melhores amigas. Ninguém conseguia nos desgrudar de forma alguma. 
           Hoje, dois anos depois de tudo isso, estamos separadas. Não assistimos o último Harry Potter juntas, e provavelmente acabaremos fazendo o mesmo com o último filme de Crepúsculo. Porém, tenho orgulho de dizer que assistimos Enigma do Príncipe, o filme da saga que me fez voltar a assistí-la no cinema, e Lua Nova juntas, que choramos unidas por telefone e MSN pensando que Harry Potter acabou, que entre nós duas existem segredos que ninguém nunca saberá e que, como a lenda de Harry Potter, nossa amizade nunca terá um fim definitivo. Cada final é um novo começo.
            Com lágrimas nos olhos, ouvindo a trilha sonora de Harry Potter, lembrando de tudo, eu digo "Até logo" a eles, porque não existe um "Adeus". Enquanto Rowling estiver viva, nada é impossível. E estaremos esperando o próximo livro. Mesmo que isso aconteça daqui 10 anos. Eu estarei esperando, como sei que todos os verdadeiros fãs também estarão.
Harry Potter, Hermione Granger e Ron Weasley, vocês três me deram a chance de conhecer minha melhor amiga e me fizeram ver que mesmo eu sendo apenas mais uma fã deste fenômeno, ainda sou única, simplesmente por ser eu mesma, como vocês, com meus próprios defeitos e minhas qualidades.
Beijinhos, StarGirlie.

Um comentário:

  1. Harry Potter foi o 1° filme que eu fui assistir no cinema (acabei não assistindo, pq fiquei com medo, mas fui, né?). Eu li os livros agora, vc sabe, mas me sinto fã desde pequena. Acho que assisti quase todos no cinema (menos o 1 e o 2...) e tô em depressão aqui. Haha, mas quem não está?

    Harry Potter é eterno - não têm como haver um fim.

    Lá no blog eu fiz um post com o mesmo nome. Huahushaus...

    Bjs

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