Luna se aproximou de Anne com os olhos brilhando de ódio. Sempre tivera o desejo de encontrar quem matara seu pai. E agora esta pessoa estava caída aos seus pés, indefesa. Só que a namorada de Erik não tinha coragem de se vingar, não naquele momento.
-Eu estou fazendo alguma coisa com a Mon?
-Sim, você está acabando com a vida da única pessoa que me resta – disse Monica com os olhos molhados.
-Única? Eu, sua mãe, seu pai, a Julie… Não contamos? – perguntou Daniel chocado.
-Claro, mas é que Anne sabe o quanto dói ser uma Alena.
-Ela sabe mais do que a dor. Ela sabe até como é o beijo do Cabe. Ah, mas peraí! Desse beijo todo mundo sabe, né Julie? – disse Luna cheia de maldade.
-Já chega! – retrucou Julie avançando contra a órfã – Eu já aturei demais. Entendo que é o seu pai, mas eu não tenho NADA haver com isso!
-Ah, não tem? Então por que você era a única a saber desse segredo? – Luna parecia cada vez mais irritada.
-Porque Monica sabia que em mim ela podia confiar! – gritou Julie de volta.
A porta do escritório abriu e fechou. Uma menina apareceu. Seu cabelo loiro continuava reluzente, mas em seus lábios não havia um sorriso. Hevangeline enfim entrara na história.
-Dá pra vocês pararem? Enquanto vocês ficam brigando, Anne está morrendo.
-E é bom que morra mesmo – disse amargurada Luna.
-Parou, Lu! Que coisa! Perceba que Monica está sentindo a mesma dor. Ela está perdendo a irmã dela. Você tem que parar com isso!
-Heva, você está do lado dela?
-Não, Luna. Eu estou do lado de quem está certa. Se você parar de dar chilique e ajudar Anne, a razão volta pra você – Hevangeline era responsável. Sempre.
Luna se calou. Afastou-se do meio do caminho, deixando que os policiais partissem com Anne. Monica saiu em seguida, abraçada a Daniel. Ele secava as lágrimas que caíam dos olhos de sua namorada, segurando as próprias. Julie e Hevangeline permaneceram no escritório.
-Sabe, Luna, eu achei que você ia entender os problemas de Anne. Sendo que você tem tantos parecidos – disse Julie.
-Eu não matei meu pai – retrucou Luna.
-E ela também não matou o dela. Além do mais, não há nenhuma prova concreta de que foi Anne. Até agora ela é a principal suspeita, mas não a única. Eles ainda não se esqueceram de seu sumiço na noite do assassinato.
-Eu não sumi! Estava apenas andando num parque – Luna ficou nervosa, suas bochechas coraram, seus braços tremeram.
-Um parque que, convenientemente, não tinha nenhuma câmera, não é mesmo? – Julie parecia interrogar sua amiga, até que saiu da sala sem esperar nenhuma resposta. Apesar de querer justiça, a namorada de Cabe também tinha que dar apoio a Monica.
Quando Hevangeline foi deixada sozinha com Luna, Erik entrou no cômodo. Ele olhou para as duas e com um sorrisinho nos lábios, disse:
-Somos muito convincentes. Parabéns, Heva. Sua entrada foi perfeita.
“Epa! H, E e L estavam enganando M, D e J? O que significa isso? Uma troca de caráter? – Fofoqueira Fina”
Escrito por StarGirlie.
Nuss...... Ferrou-se!
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