sábado, 21 de maio de 2011

18º Capítulo Fofoqueira Fina 2

            Pequeno problema: nenhum dos amigos notou a mensagem que eu deixara, falando sobre o perigo em que Luna estava correndo ao ser “cuidada” por Spencer.
            Nunca fui má. Sempre quis mostrar a verdade. Ok, ás vezes de um jeito mal, mas a pura verdade. Por isso, me contive em correr para Erik, que estava na sala de espera, e gritar para que fosse ao encontro de Luna.
            A garota repousava em silêncio no quarto. Estava bem. Um pouco tonta, mas bem. Ela fingia dormir, pois era melhor imaginar que tudo fora um sonho. Seu namorado, seu Erik, seu tudo... com um filho que não era dela. Isso a magoara muito.
            As lágrimas rolavam do rosto de Luna, e ela nem continha mais. De repente, escutou uma voz ao lado da cama e abriu os olhos:
            -Fico feliz que esteja acordada. Quero que se lembre desse dia... se sobreviver.
            Era Spencer.
            A menina abriu a boca para gritar, mas antes disso, o “professor” tapou-a e começou a rasgar sua camisola.
            A garota se debatia e lutava, mas ninguém parecia escutar. 
            Já perdendo as esperanças, ela parou de se mexer e deixou que a Spencer a tivesse. Talvez fosse melhor acabar com isso de uma vez: a vida, pois a dignidade ela já havia perdido naquela tarde.
            Do nada, quase perdendo a consciência, Luna escutou alguém entrar e sentiu o enorme peso sobre seu corpo ser retirado, e a partir daí, pensou ter morrido.
            Mas, aos poucos, foi entendendo a situação. Pessoas gritando. Por que não paravam? Gritos e mais gritos. Sangue. Dor. Tubos. Agulhas. Nada fazia sentido à garota.
            
           MESMA CENA – PERSPECTIVA GABRIEL

            O garoto olhou ao redor. Ele ainda não conhecia direito à todos, mas percebia que havia algo muito errado.
            Perguntou-se onde Luna estaria. Não estava ali por causa dela?
            Deixou os novos amigos com seus próprios problemas e andou pelo corredor onde imaginou serem os quartos.
            Ao se aproximar de uma porta, sentiu algo. Algo lá dentro, em seu coração... Colocou o ouvido na madeira e escutou alguma coisa como “se sobreviver”. Sem pensar duas vezes, abriu a porta de supetão, e encontrou Spencer, seu professor, em cima de Luna.
            Não foi algo bonito de se ver. Ela estava arranhada e suas roupas estavam rasgadas. Havia sangue, e a garota parecia inconsciente. O homem a beijava e Gabriel percebeu que se não fizesse algo rápido, ele a mataria.
            Olhou ao redor e achou uma agulha com o remédio de Luna. Parecia morfina.
            Pegou-a e, fincando-a no braço de Spencer, falou:
            - Saia. De cima. Dela. Agora.
            O homem caiu ao lado, e Gabriel cobriu Luna com um cobertor que estava perto. Saiu correndo em busca de uma enfermeira.
            “Parece que L teve muita sorte... até agora. Não sei se passa desta vez. – Fofoqueira Fina”
            By Babi 

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