Oh-ou. Estava tudo ferrado. Luna descobrira toda a verdade. Antes mesmo de Erik. Antes mesmo de Monica. Até antes mesmo da própria polícia, ela realmente descobrira a verdade.
A garota pediu para que Monica fosse embora. As duas choravam. Mas Luna não estava brava, nem mesmo chateada, com Monica. Ela sabia a verdade. A garota saíra, como a amiga havia pedido, mas sentia-se tão mal. Ainda não entendia o real significado por trás daquilo. Não adiantaria, só Luna entenderia por um bom tempo.
Sozinha no quarto, Luna relembrou-se daquele dia.
Era de manhã quando sua tia, Hayle, fora até sua cama - um beliche que ela e Erik dividiam na apertada casinha em Curitiba - e contou-lhe que sua mãe e seu pai haviam morrido. Luna ficara chocada, deveria ter 14 anos na época. Seu pai, seu doce pai, a havia deixado. Ela nunca fora ligada à mãe, mas seu pai... este sim lhe fazia falta.
Durante três anos, achou que fora um incêndio acidental na fábrica onde os pais trabalhavam. Mas dois meses atrás, as coisas começaram a mudar.
Estava no mercado com Erik, e ao olhar para a atendente no caixa, a reconheceu: sua mãe. Erik ameaçou chamar a polícia se ela não contasse o que havia acontecido. E ela contou. Menos uma parte.
Segundo relatos da mãe de Luna, depois de descobrir que seu marido tivera um filho fora do casamento, ela simulara sua morte e matara o homem com quem vivera por muitos anos.
Luna e Erik escutaram atentamente sem julgá-la, enquanto concluía a história. Ao final, a mulher ficara repetindo "ele quer me matar, ele quer me matar!", deixando-os confusos. Não era a mãe que Luna lembrava ter.
O casal explicara que o exame de DNA havia sido feito, e que na verdade não eram irmãos. Ao descobrir isso, a mãe de Luna ficou em choque. A garota decidiu deixá-la em paz, assim como Erik. No dia seguinte, chegou a notícia de que o corpo da mulher que lhe dera a luz havia sido encontrado em um pequeno rio da redondeza. Se matara.
Luna voltou da recordação que tivera. Com a explicação de Monica,as coisas fizeram mais sentido. A garota sabia muito bem que sua mãe amava demais o marido. Nunca faria uma coisa dessas. Sozinha.
Sim, Spencer a convencera. Luna tinha certeza disso. Ele pagaria. E muito caro.
De repente, Hevangeline entrou no quarto. Luna se surpreendeu, mas sorriu à amiga.
Heva a abraçou, pedindo desculpas por não estar ali antes.
-Não importa, - sibilou Luna. - fico feliz que esteja aqui. Agora.
Hevangeline ficou quieta por um momento.
-O que foi?
-Sabe, L, a caminho para cá, recebi um ligação. Acharam meu irmão.
By Babi
Ps: Star, vou faltar a aula até 5° feira pois estou com a mesma virose contagiosa de antes. Se puder tirar fotos dos seus cadernos e me enviar, ficaria muito feliz. Mas se não puder, tudo bem.
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