quarta-feira, 19 de outubro de 2011

8° Capítulo Fofoqueira Fina 3

8º Capítulo da Terceira Temporada
Oh-ou! Olivia se descuidou, Alice chegou. 
Talvez você devesse tomar conta do que ainda é seu, O.
-Sim. Eu e Alice estamos juntos. – disse o garoto, olhando para os olhos inchados de Olivia. Parecia magoado, ressentido e cansado - mas nada arrependido.
-Como pôde? – falou Carol, interrompendo aquilo tudo e puxando Leo pela camisa. Seus olhos estavam prestes a transbordar, bem como os da prima. – Desculpe se foi difícil para você me ver com outro, mas era um plano, se lembra? Um plano! E agora eu vejo que não há sentido em tentarmos novamente. Você não mudou. Nem nunca vai mudar. E, apesar de te amar, não posso mais.
-O quê? – perguntou Eduardo, surpreso. – Um plano? Achei que me amasse.
Carol se virou e fuzilou-o com o olhar.
-Eu nunca, em sã consciência, te amaria. Você é um monstro. Tenho nojo de tudo que venha de você. – falou a garota, ríspida.
A festa melhorava a cada minuto.
-Por que fizeram isso? – disse Olivia, surpresa.
-Porque não queríamos a velha Olivia de volta. – respondeu Carol, acabada. – E, apesar de não entender direito o porquê, sei que estava feliz com Yuri. Mesmo ele sendo meu irmão.
C virou o rosto de lado, de modo que ninguém pudesse ver as lágrimas caindo.
-Bem, mas para devolver a “velha” Olivia ao seu lugar, não precisava ter trazido a “velha” Caroline. – disse Liv, antes de sair correndo.
Houve um silêncio estranho até que Yuri resolveu falar.
-Não agüento mais isso. – confessou, antes de cair sentado com as mãos no rosto.
-Eu também não. E, pelo que entendi, provavelmente vou ficar de castigo por anos. – falou Eduardo, saindo atrás de Olivia.
Alice, que até então estava quieta, agarrou o braço de Yuri.
-Estou pouco me lixando para elas. Vamos, Yuri. Quero encher a cara hoje.
O garoto não se moveu.
-Alice, - começou. – além de ser menor de idade, você sabe que eu amo Olivia. Amo-a de todo coração. Você sabia do acordo. Sabia que só queria...
-Me usar. – disse Alice, tirando a mão de sua camisa. – Tudo bem. Estou acostumada.
A garota foi para fora, brava. Yuri fez menção de se levantar, mas Carol o impediu.
-Deixe-a. Só está estressada. Todos sabemos que vocês nunca dariam certo.
O garoto sorriu.
-Tudo bem. Obrigada pelo apoio e tudo mais, mas isso não justifica o fato de estar nessa festa. Não pode ficar aqui, Carol.
Ela bufou, tentando secar as lágrimas. Enquanto isso, Leo observava a cena, ainda muito perturbado.
-Yuri, sei que está preocupado. – começou ela, pegando na mão do irmão. – Mas a antiga Caroline não vai voltar. Sei quem sou, e sei que estou melhor assim. Vá atrás de Olivia. Apesar de não querer admitir, ela precisa mais de você do que eu.
Ele concordou e saiu.
-Parece que somos só nós dois. – disse Leo. Carol corou de leve.
-Sim.
Ele colocou as mãos no bolso, envergonhado.
-Era verdade? O que disse sobre a parte de me amar?
Caroline sentou-se, acompanhada por Leo.
-Sim. Mas a primeira parte também foi verdade. Sabemos por que não podemos ficar juntos. É não há apenas um motivo.
Leonardo concordou.
-Eu também.
-Você também o quê? – disse ela, virando o rosto e encarando os olhos de seu “amigo”.
-Eu também sinto sua falta. Eu também te amo. Eu também não posso mais viver assim.
O garoto estava prestes a beijar Carol quando a menina o interrompeu.
-Pare. Por favor, pare. – ela disse, virando a cara mais uma vez. – Não agüentarei te perder novamente. Não agüentarei.
-Você não precisa me deixar.
-Sim, Leo, eu preciso. Ambos precisamos. Não é certo.
-E quem disse que precisa ser certo? Temos amor, Nine, e é tudo que importa.
-Não é, Leo. Não tem como ser. E se no futuro quisermos ter filhos? E se quisermos casar? Não poderemos, sabe disso. E, além do mais, eu te superei durante algum tempo. Talvez fosse melhor não voltarmos a ser amigos. Não vou agüentar, não mesmo. Talvez nós devêssemos...
-Nos afastar. – disse ele. – Eu sei. E preciso te contar um coisa.
Carol concordou, encontrando novamente os olhos de Leo. Sabia que lágrimas já rolavam nos seus, e não queria mais esconder isso dele. Doía demais, mas era o que precisava fazer, apesar de seu coração dizer o contrário.
-Ganhei uma bolsa de estudos. Na Inglaterra. Ficarei lá durante um ano. Entende que esta é nossa última chance? Que depois de hoje, tudo mudará.
-O que você quer de mim? – disse a garota, acabada.
-Quero que me peça para ficar. Quero que me impeça de ir. Basta pedir, e ficarei para sempre com você. Ao contrário, partirei em duas semanas.
Carol engoliu em seco. Seu coração implorava para que as palavras saíssem de sua boca. Palavras como “não vá”. Mas sua cabeça, parte que controlava sua boca, dizia para que o deixasse ir. Era o correto a se fazer.
-Então te vejo daqui um ano, Leo. Boa sorte.
Ela levantou e lhe deu um beijo próximo a boca, mas não o bastante para encontrá-la. Era um beijo de despedida. Um beijo de dor, mas que era necessário.
Carol saiu correndo. Não queria que ele visse mais nada além do que já vira. Choraria com suas mágoas, suas dores, mas longe dele. Seria mais fácil assim.
Entrou no primeiro quarto que viu. A luz estava apagada e um cheiro de rosas invadia o lugar.
Caroline fechou a porta e tirou o casaco. Jogou-o em algum lugar e se dirigiu para a cama.
-Achei que não viria. – disse uma voz.
-Como poderia não vir, Eduardo? – respondeu, deitando-se na cama e encontrando os braços do garoto.
Sentiu sua roupa sendo desamarrada e continuou quieta.
A velha Caroline estava de volta.  
“Parece que quando os gatos partem, os ratos fazem a festa. Ou devo dizer, ‘o’ gato? - FF”
By Babi

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